Cartas e diários de mulheres: uma função memorialística?
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-901X.v0i68p84-100Palavras-chave:
Diário, correspondência, Juliette Drouet, Catherine Pozzi, Simone de BeauvoirResumo
Cartas e diários íntimos são peças de arquivos privados, ou mesmo documentos da intimidade. Que valor as mulheres atribuem a seus diários e correspondências? Elas se empenham em sua conservação, atribuindo a esses papéis alguma função memorialística? Pretendemos focalizar três mulheres que muito se devotaram à escrita, a exemplo de homens célebres com quem elas conviveram: Juliette Drouet (1806-1883), companheira de Victor Hugo durante 50 anos, endereçou 22.000 cartas ao famoso escritor; Catherine Pozzi (1882- 1934), mulher letrada, epistológrafa e cultora do diário, viveu com o poeta Paul Valéry uma relação amorosa e intelectual, cujos traços ficaram profundamente gravados na obra de ambos; Simone de Beauvoir (1908-1986), intelectual renomada, parceira de Sartre, também se dedicou à epistolografia e à escrita de diários. O que nos dizem esses três casos acerca do eventual interesse feminino em relação ao arquivamento de si, ao cuidado na conservação desses escritos pessoais e às suas modalidades de uso?
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