Solidariedade Entre Jovens nas Periferias: uma saída ao neoliberalismo
DOI:
https://doi.org/10.11606/rgpp.v12i2.199836Palavras-chave:
Juventude, políticas públicas, neoliberalismo, periferias, trabalhoResumo
Este artigo tem a proposta de fazer uma reflexão sobre o impacto de políticas públicas neoliberais em regiões periféricas da cidade de São Paulo, mais especialmente no que diz respeito ao jovem no mundo do trabalho. Trata-se de resultados de pesquisa de campo, realizada juntamente com coletivos e empreendimentos de jovens da zona leste de São Paulo, além de órgãos públicos, entre dezembro de 2019 e março e setembro de 2020, apontam uma série de questões: (a) cada vez mais os jovens intercalam trabalho precário com desemprego; (b) não é algo tão comum iniciativas de jovens que se organizam de forma coletiva para gerar renda, seja via algum negócio, algum empreendimento ou via algum coletivo (como os de cultura, por exemplo); (c) mesmo não sendo tão frequente, há coletivos de jovens na periferia que visam a geração de renda. No entanto, os jovens desses coletivos têm outra fonte principal de renda, como algum emprego ou trabalho autônomo; (d) nos bairros das periferias de São Paulo, onde não há influência de fundações empresariais, os jovens têm como referência valores como solidariedade, comunidade e humanitarismo. Em bairros onde o financiamento privado já é uma realidade, os valores predominantes são empreendedorismo, negócios de impacto social e inovação.
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