Alterações hematológicas na leptospirose canina
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v24i1p41-46Palavras-chave:
Hematologia, Leptospirose, cãesResumo
Foram estudadas as alterações hematológicas em cães naturalmente infectados por Leptospira interrogans, agrupados conforme o quadro sintomático manifestado. O grupo I foi composto por 59 cães que se apresentaram urêmicos e ictéricos, reagentes ao serovar icterohaemorrhagiae e/ou copenhageni; o grupo II por 12 cães anictéricos porém urêmicos, reagentes em sua grande maioria ao serovar canicola e, finalmente, o grupo III, compreendido por 10 animais assintomáticos, contactantes dos cães dos dois grupos anteriores, dos quais se isolou o agente etiológico ou que apresentavam aglutininas antileptospiras em títulos elevados. Foi observada leucocitose por neutrofilia e monocitose de igual magnitude nos dois primeiros grupos, não sendo encontrado qualquer alteração no hemograma dos representantes do terceiro grupo. Embora a resposta mais frequente tenha sido a supracitada, houve, em alguns animais, ainda nos primórdios da doença, leucopenia por neutropenia. O leucograma, obtido em todos os animais, permite concluir que a leucocitose é devida ao quadro polissistêmico de insuficiência renal e uremia, que se instala em consequência da localização renal das leptospiras. Não foram encontradas, em nenhum dos grupos estudados, quaisquer alterações quantitativas ou morfológicas das hemácias que sugerissem a existência de anemia hemolítica.