Irrigação arterial do baço de gatos (Felis catus Linnaeus, 1758). Estudo experimental anátomo-fisiológico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v14i2p205-230Palavras-chave:
Irrigação arterial, Baço, Anatomia (gatos), Fisiologia (gatos)Resumo
Segundo pode-se apurar, poucos foram os trabalhos destinados ao estudo da vascularização arterial do baço do gato (Felis catus), não obstante a sua importância para o melhor conhecimento da anatomia e fisiologia deste órgão e da sua aplicação nas indicações cirúrgicas. Com as técnicas utilizadas nesta pesquisa, pode-se identificar que os ramos arteriais que partem da artéria lienal destinavam-se às três regiões distintas, a dorsal, média e ventral estando elas separadas por zonas paucivasculares ou avasculares. Ainda mais, foi possível registrar o número de artérias penetrantes em cada uma destas regiões, bem como a disposição que ocupavam na porção hilar do órgão. Com o estudo da ligadura da artéria lienal ou de seus ramos endereçados às citadas regiões do baço e, até mesmo, de colaterais destes vasos, pode-se verificar que as referidas ligaduras não ocasionam comprometimento algum do órgão, em virtude da presença de inúmeras anastomoses, isto é, as que ocorrem entre as artérias gastroepiplóicas direita e esquerda, entre as artérias gástricas breves e colaterais da artéria gástrica esquerda, entre contribuições oriundas dos ramos destinados aos três mencionados territórios e entre colaterais da artéria lienal dirigidos ao grande epíploo e ao pâncreas dorsal. Ao contrário, observa-se que a ligadura dos ramos penetrantes, junto ao hilo do órgão, ocasiona sempre o infarto isquêmico da região correspondente ao território de distribuição do vaso experimentalmente ligado, seguido de necrose do tecido.