Distância da papilla duodeni hepatica à papilla duodeni pancreatica em bovinos mestiços de zebu
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-5066.v4i1p5-26Palavras-chave:
O artigo não apresenta palavras-chave.Resumo
No estudo apresentado procurou-se deduzir e analisar, estatisticamente, a distância média da Papillu duodeni hepatica à Papilla duodeni pancreatica, em bovinos mestiços de Zebu, com idades variáveis de 28 (primeira muda) a 51 (última muda) meses, aproximadamente. O material utilizado abrange 324 peças, assim distribuidas: 231 provenientes de machos, na maioria castrados, 15 de fêmeas e as restantes 78, de animais cujo sexo não se pôde averiguar. Nêste total incluem-se 109 peças (103 machos e 6 fêmeas), sôbre as quais se efetuaram duas mensurações, antes e após a fixação, no sentido não só de estabelecer a condição anatômica média em tratos duodenais frescos, como também para cálculo da retratilidade, por ação do formol. Outrossim, visava-se indagar a possibilidade de prever valores médios teóricos, para peças frescas, partindo de índices médios apurados em material fixado. A análise dos valores colhidos compreendeu a determinação da média aritmética, do êrro da média e do “t test” e mais a construção de gráficos da distribuição por freqüências. Pretendeu-se, mediante esta pesquisa, divulgar dados inéditos, concernentes à anatomia das vias excretoras pancreáticas dos mestiços de Zebu (Bos indicus) e, ao mesmo tempo, confrontando os resultados com os dados referentes aos bovinos de origem européia (Bos taurus), investigar eventuais diferenças raciais. O exame da escassa bibliografia a respeito elucida que, exceptuando-se a contribuição de Baumann e Schmotzer, na qual não são registrados os elementos necessários à análise estatística comparativa, os mais valores atribuídos à distância interpapilar, embora devam ser considerados como médios, não permitem tal cotêjo. Revela-se, igualmente, através o exame da literatura, a oportunidade de esclarecer se o dueto excretor do pâncreas, nos bovinos, correspondente ao Ductus pancreaticus (Wirsungi) ou ao Ductus pancreaticus accessorius (Santorini), respectivamente, Duetos pancreaticus major e Ductus pancreaticus minor. Em sua quase totalidade, AA. de trabalhos especializados e tratadistas, concordam em admitir a existência de um único dueto excretor pancreático; alguns, todavia, descrevem-no como sendo o Ductus pancreaticus major (Baumann e Schmotzer, Montané e Bourdelle), enquanto outros, ou bem especificam tratar-se do Ductus pancreaticus accessorius (Ellenberger e Baum) ou bem deixam de mencionar, como é o caso da maioria, qual dos dois duetos é o funcional (Mann, Foster e Brimhall, Favilli, Monciardino, Caradonna e Bossi, Lepoutre, Lesbre, González y Garcia e Álvarez, Caradonna, Sisson, Sisson e Grossman, Martin e Schauder, Bruni e Zimmerl). O estudo do desenvolvimento do pâncreas, nos mamíferos (Stoss, Maurer in Hertvfig, Pensa, Arey, Jordan e Kindred), particularmente nos bovinos e nos suínos, aclara que o esbôço pancreático ventral se separa do dueto colédoco, de modo a não se constituir o dueto de Wirsung; por outro lado, o esbôço do pâncreas dorsal permanece unido ao intestino e seu dueto excretor, único e muito amplo nêsses animais, o Ductus Santorini, abre-se, no duodeno, caudalmerite à papila duodenal hepática.