Mutationen I de Claudio Santoro, para cravo industrial e fita magnética
uma obra protesto?
DOI:
https://doi.org/10.11606/rm.v19i2.163192Palavras-chave:
Claudio Santoro, Música eletroacústica, Século XX, Antoinette Vischer, AI-5Resumo
Mutationen I de Claudio Santoro é a primeira peça de uma série de doze obras que levam o mesmo título. Com diferentes instrumentos e fita magnética, essa primeira peça, criada em 1968 para cravo e fita magnética, constitui de elementos que caracterizavam a música de vanguarda e experimental da época em associação com o instrumento que – durante a primeira metade do século XX – serviu como referência sonora da representação do “som do cravo”: o cravo industrial. Trata-se de uma obra pouco visitada, talvez por trabalhar abordagens não convencionais para com os instrumentos que são tocados hoje em dia, como o cravo historicamente copiado. O objetivo principal trata de uma breve exposição bibliográfica dos ideais sociais e políticos ocorrentes na época que poderiam ter servido como força motriz para a criação dessa série de doze peças, possibilitando assim gerar ampla compreensão do que Santoro alega como a “democratização da música eletrônica”.
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