O conceito epistemológico histórico de nostoc a partir de uma leitura indiciária de A teoria celular de George Canguilhem

Autores

  • Maurício de Carvalho Ramos Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2016.114342

Palavras-chave:

Nostoc, cultura científica, epistemologia histórica, paradigma indiciário, Naudin, Paracelso, Jung, Canguilhem

Resumo

Através de uma leitura indiciária de A teoria celular de Canguilhem, proponho, orientado metodicamente pelo estilo epistemológico histórico de investigação, a construção do conceito de nostoc como um conceito metamórfico que, integrado aos conceitos de blastema primordial e de lodo bíblico do botânico francês Charles Naudin, ajustam-se a uma cultura científica de amplo alcance empenhada em resolver o enigma da unidade morfológica dos seres orgânicos e vitais. O conceito de nostoc refere-se alquimicamente a uma substância gelatinosa proveniente das estrelas e dotada de virtudes médicas balsâmicas e, botanicamente, a uma alga cianofícea do gênero Nostoc. Examinado as ideias de Canguilhem, Naudin, Jung e Paracelso, esse conceito é proposto como uma oscilação nucleoplasmática, entendida como uma forma específica de expressão do tema mítico-científico da tensão entre continuidade e descontinuidade, tal como apresentado por Canguilhem em sua história do conceito de célula

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Publicado

2016-05-27

Como Citar

Ramos, M. de C. (2016). O conceito epistemológico histórico de nostoc a partir de uma leitura indiciária de A teoria celular de George Canguilhem. Intelligere, 2(1), 112-128. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9020.intelligere.2016.114342