Acesso à saúde por mulheres migrantes internacionais e refugiadas no município de São Paulo no contexto da pandemia de Covid-19
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v103i2e-215894Palavras-chave:
migração internacional, sistemas de saúde, saúde das mulheres, covid-19, equidade no acesso a serviços de saúdeResumo
O presente estudo trata-se de uma revisão narrativa da literatura, que objetivou conhecer as especificidades do acesso à saúde por migrantes internacionais e refugiados, com ênfase nas mulheres migrantes, e refletir acerca do impacto da pandemia de Covid-19 nesta população. Foram levantados artigos nos bancos de dados na Biblioteca Virtual em Saúde, refinando pelas fontes de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), da MEDLINE, da PubMed Central (PMC) e da Scientific Electronic Library (Scielo). Dos artigos encontrados, após a leitura dos resumos, 35 enquadraram-se nos critérios de inclusão e foram analisados segundo os preceitos da análise temática. A literatura mostra que o acesso à saúde por migrantes internacionais e refugiados têm especificidades, que podem contribuir para uma situação de vulnerabilidade em saúde, potencialmente exacerbada pela pandemia de Covid-19. Devido às desigualdades sociais, às diferenças socioculturais, à sobrecarga pelo trabalho doméstico e a diferentes formas de violências acentuadas durante a pandemia, as mulheres migrantes constituem um grupo severamente afetado pelos reveses da crise sociossanitária ocasionada pelo Covid-19. A escassez de políticas públicas focalizadas dificultam o enfrentamento desse desafio, que para ser solucionado deve levar em conta as barreiras socioeconômica, cultural, simbólica e linguística existentes entre elas e o serviço, além do papel central que têm no cuidado familiar, atuando como ponte da comunidade migrante com o sistema de saúde.
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