Imagens cromáticas e sonoridades conflitantes em Maputo, Meridiano Novo (1976) de Santiago Álvarez
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9141.rh.2019.142897Palavras-chave:
Cuba, Moçambique, cinema, socialismo, representação políticaResumo
O presente artigo analisa como as históricas tensões sociais em Moçambique foram narradas no curta-metragem cubano Maputo, meridiano novo, dirigido por Santiago Álvarez em 1976. A obra utiliza imagens de arquivo e registros do cinegrafista Julio Simoneau, de Cuba, feitos no pós-independência. Estes últimos denunciam a continuidade da exclusão social em Maputo, herdada do período colonial. Pelo lado musical, o curta se vale de um variado repertório, como a versão jazzística do tema de 2001: Uma odisseia no espaço (Stanley Kubrick, 1968) e um samba carnavalesco, utilizados como dispositivos irônicos pelo relato. O resultado na mise-en-scène é de um documentário propositalmente curto que, por um lado, endossa o “roteiro da libertação” (João Paulo Borges Coelho) difundido pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e, por outro, expõe as fissuras do tecido social moçambicano, gerando diversas tensões na fatura estética da obra.
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Ficha técnica do Filme
MAPUTO, meridiano novo. Direção: Santiago Álvarez. Roteiro: Santiago Álvarez e Rebeca Chávez. La Habana: Instituto Cubano de Arte e Industria Cinematográficos, 1976. 35 mm para vídeo digital (15 min.), son., P&B, color.
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