Algumas observações acerca da formação dos verbos árabe e hebraico
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2763-650X.i9p3-24Palavras-chave:
Morfologia, Verbo árabe, Verbo hebraico, Binyanim, MazidResumo
Um dos traços característicos das línguas semítica é a estrutura morfológica cujo léxico é formado, majoritariamente, a partir de três consoantes chamadas radicais, responsáveis por encerrarem o significado básico da palavra. Por fazerem parte dessa mesma família de línguas, o árabe e o hebraico partilham, além do que expusemos acima, de muitas características comuns. De uma maneira geral, este estudo procura observar as formas que o verbo simples, hebraico e árabe, pode tomar ao lhe serem aplicados certos padrões para expressar as diversas formas/grau/vozes. Observamos, nos exemplos das duas línguas estudadas, que a formação dos verbos, a partir da raiz trilítera simples, se dá por meio de processos morfológicos extremamente previsíveis e regulares, no entanto, não se pode dizer o mesmo dos valores semânticos advindos dessas construções, que em várias ocasiões se apresentam como um desafio para uma classificação eficaz. Apesar de vários autores ocidentais observarem em seus trabalhos o quanto estes padrões auxiliam na obtenção de vocabulário, os estudos modernos do hebraico e do árabe têm mostrado o quanto eles podem ser complexos.
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