Mortalidade, sobrevida e fatores prognósticos de pessoas com aids em unidade de terapia intensiva
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-220X-REEUSP-2021-0121Palavras-chave:
Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, Mortalidade, Sobrevida, Unidades de Terapia IntensivaResumo
Objetivo: Analisar a mortalidade, sobrevida e fatores prognósticos de pacientes com aids em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Método: Estudo de coorte retrospectivo, com amostra de 202 pessoas com aids em UTI, cujas características sociodemográficas, epidemiológicas e clínicas foram obtidas em prontuários e avaliadas. Resultados: A maioria dos pacientes era do sexo masculino (73,8%) e usuária de drogas (59,4%), sem acompanhamento regular de saúde (61,4%), não aderente aos antirretrovirais (40,6%), com baixa contagem de linfócitos T CD4+ (94,0%) e carga viral elevada (44,6%). As principais causas de internação foram sepse e insuficiência respiratória e renal. O tempo médio de internação foi de 11,9 dias (p = 0,0001), com sobrevida de 41,6%; 58,5% foram a óbito na UTI. Sepse na admissão (p < 0,001), lesão por pressão (p = 0,038), exposição sexual (p = 0,002), carga viral elevada (p = 0,00001) e hospitalização prolongada (p < 0,001) aumentaram o risco de morte. Conclusão: A maioria dos pacientes não tinha acompanhamento regular de saúde, era usuária de drogas e apresentava baixa contagem de linfócitos T CD4+ e alta carga viral. A mortalidade foi elevada, indicando que a adesão antirretroviral é essencial para reduzir a resistência viral, doenças oportunistas e mortalidade.
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