Uso de esteróides anabólicos androgênicos por praticantes de musculação de grandes academias da cidade de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1516-93322003000300012Palavras-chave:
Esteróides anabólicos androgênicos, Praticantes de musculaçãoResumo
O objetivo desta pesquisa foi estimar o consumo e traçar o perfil dos usuários de esteróides anabólicos androgênicos (EAA) entre praticantes de musculação em três grandes academias de ginástica na cidade de São Paulo. Foi utilizado um questionário estruturado para ser respondido voluntária e anonimamente, com garantia explícita de confidencialidade para os mesmos. Os questionários ficaram disponíveis em três academias por uma semana, após ter sido feita ampla divulgação dos objetivos e importância do projeto. Responderam o questionário 209 praticantes de musculação (cerca de 3% do total). A incidência de uso de EAA foi de 19%, sendo que, destes, 8% declararam que fazem uso atualmente e 11%, que já haviam feito uso anteriormente; considerando apenas o sexo masculino, a incidência do uso foi de 24%. Os compostos mais utilizados foram estanozolol e decanoato de nandrolona. O perfil dos usuários pôde ser delineado: idade média de 27 anos (de 25 a 29 anos), predominantemente homens, motivação pela melhora na estética corporal e treinamento muscular intenso. Os EAA foram adquiridos, em sua maioria, em farmácias, sem receita médica e foram feitos uso de suplemento alimentar e outros fármacos em associação. Acreditam que os efeitos tóxicos/adversos podem ser controlados e/ou evitados com o uso de outros medicamentos e/ou acompanhamento médico. O presente trabalho mostra a necessidade de investigações mais abrangentes e aprofundadas, bem como a adoção de ações preventivas e educativas junto à população exposta aos EAA.Downloads
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Publicado
2003-09-01
Edição
Seção
Trabalhos Originais
Como Citar
Uso de esteróides anabólicos androgênicos por praticantes de musculação de grandes academias da cidade de São Paulo. (2003). Revista Brasileira De Ciências Farmacêuticas, 39(3), 327-333. https://doi.org/10.1590/S1516-93322003000300012