Como um estrangeiro entre os homens: existência e temporalidade em Albert Camus
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2594-5920.primeirosescritos.2020.176532Palavras-chave:
Camus, Esperança, Existência, Necessidade, TempoResumo
Este texto tem como objetivo buscar, nas obras de Camus, uma crítica à experiência contemporânea do tempo: primeiro, retratar e analisar a temporalidade cotidiana que se faz presente em seus textos; em seguida, vislumbrar, nos ensaios e na literatura do autor, possíveis alternativas à rigidez do tempo cotidiano — aquilo que, para os fins do texto, denominaremos suspensão do tempo —; por fim, elaborar uma apreciação das hipóteses camusianas, discutindo seus valores, bem como seus limites. Nesta última parte, em especial, serão utilizados textos de outros autores — no intuito de atualizar e acrescentar novos elementos à problemática camusiana. Entre os autores estão: Debord (pseudonecessidade); Baudrillard (consumo); Woodcock (relógio); Campagna (trabalho e aventura). Tudo isso será feito brevemente, indicando horizontes possíveis — de crítica, mas também de refúgio.
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