Machado de Assis e os Sofistas
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2594-5963.lilit.1990.115973Palavras-chave:
essência, aparência, opinião, persuasãoResumo
Este estudo procura traçar um paralelo entre o pensamento dos sofistas da Antiguidade (s. V.a.C.) e a ficção de Machado de Assis (s. XIX), o primeiro grande romancista brasileiro. O ponto de articulação dessa analogia situa-se na concepção que aqueles e este tinham da relação entre linguagem e experiência humana. Experiência e linguagem constituem a matéria-prima com que os homens constróem sua visão da realidade, seus valores e sua atuação social. Nesse sentido, relativismo e persuasão complementam-se. À crença de que vivemos num mundo de aparências onde não nos é dado ter senão opiniões, segue-se o reconhecimento de que toda afirmação tem sentido polêmico e argumentativo, procurando convencer o interlocutor. Mas, se nos sofistas aquele consórcio manifesta-se nos planos do conhecimento e da política, no romancista brasileiro ele rege a relação de cada personagem consigo mesma e com as outras personagens. A aproximação permite compreender mais um dado da complexa situação do homem modernoDownloads
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Publicado
1990-12-10
Edição
Seção
Artigos
Como Citar
Brandão, R. de O. (1990). Machado de Assis e os Sofistas. Língua E Literatura, 15(18), 41-53. https://doi.org/10.11606/issn.2594-5963.lilit.1990.115973