Memórias de rios e de lagos na ficção amazônica
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2594-5963.lilit.2009.114716Palavras-chave:
literatura, memória amazônica, narrador/personagem, espaço, tempo, crítica literáriaResumo
A pesquisa sobre memórias de rios e lagos amazônicos possibilitou um encontro entre dois escritores - Dalcídio Jurandir e Benedicto Monteiro - traduzindo, do universo literário criado por esses dois autores, vivências do mundo amazônico. Nesse sentido, é possível afirmar que no romance Marajó, de Dalcídio Jurandir e no conto O peixe, de Benedicto Monteiro, há uma representação do “médico popular“ que atua nos espaços da Amazônia ribeirinha. As especificidades e funções atribuídas a esse personagem, no plano do enunciado e da enunciação, auxiliam na reconstituição das memórias amazônicas traduzidas no plano da ficção. O tom de oralidade presente no conto O peixe, enriquece o convencional papel do narrador, refletindo as vivências e experiências do autor em prestadas à angústia de um homem dividido entre as coisas de Deus e as tentações do Diabo: águas, peixes, plantas, musgos, cores, cheiros e sabores, elementos de um mundo particular, se agregam à geografia dos rios, lagos, furos, igarapés, que materializam constelação de signos amazônicos