Do mito à razão: a lógica da ambiguidade e a lógica da não contradição
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2594-5963.lilit.2009.114715Palavras-chave:
imaginação, ludismo, razão, mimese, saberResumo
Este texto propõe a discussão do lugar da imaginação e do lúdico na formação do saber. Apresenta o discurso filosófico grego como a origem do pensamento racional ocidental, que se constitui a partir da oposição com o pensamento veiculado no discurso mito-poético. Caracteriza o discurso da razão a partir de um a lógica da não contradição e o discurso mito-poético constituído por u m a lógica da ambiguidade. Também é evidenciada a continuidade dessa divisão no pensamento do séc. XVII, a partir da afirmação da confiança em um a razão que se funda na lógica causal e opositiva, contraposta por Vico, através da caracterização do pensamento poético, que apresenta um a lógica da semelhança, em que a analogia e repetição constituem os universais poéticos. O saber produzido pelo pensamento mito-poético acolhe a experiência e as possibilidades de produzir conhecimento oferecidas pela abertura à pluralidade, à alteridade e ao descentramento da subjetividade