Análise em 4-D: uma reflexão sobre a “autocracia burguesa” no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2237-4485.lev.2021.183462Palavras-chave:
Florestan Fernandes, Autocracia burguesa, Pensamento político e social brasileiroResumo
O artigo discute o conceito de “autocracia burguesa” tal como elaborado por Florestan Fernandes. Tomando como referência principal A revolução burguesa no Brasil (1975), procura-se examiná-lo teórica e historicamente, como também levantar algumas hipóteses explicativas a respeito de seu abandono no debate intelectual brasileiro a partir dos anos 1990. Ademais, sugere-se como alguns de seus supostos podem colaborar para o exame da situação política contemporânea do país.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Marco Rodrigo. Morte da democracia virou bordão para atrair imprensa, diz autor. Folha de São Paulo, 11 de maio de 2019. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2019/05/morte-da-democracia-virou-bordao-para-atrair-imprensa-diz-autor.shtml (Acesso em 19 de março de 2021).
ARRUDA, Maria Arminda do Nascimento. Arremate de uma reflexão: A revolução burguesa no Brasil de Florestan Fernandes. Revista USP, 1996, São Paulo, n.29, pp.56-65.
AVRITZER, Leonardo. O pêndulo da democracia. São Paulo: Todavia, 2019.
BECK, Ulrich. The Cosmopolitan Society and its enemies. Theory, Culture & Society, vol. 19(1–2): 17–44. 2002.
BELINELLI, Leonardo. Marxismo como crítica da ideologia: um estudo sobre os pensamentos de Fernando Henrique Cardoso e Roberto Schwarz. Tese (Doutorado em Ciência Política). Universidade de São Paulo, 2019.
BOBBIO, Norberto. Estado, governo e sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 2009.
BOITO JR., Armando. A burguesia brasileira no golpe do impeachment. Brasil de fato, 06 de janeiro de 2017. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2017/01/06/a-burguesia-brasileira-no-golpe-do-impeachment (Acesso em 24 de janeiro de 2021).
BOITO JR., Armando. Reforma e crise política no Brasil: os conflitos de classe nos governos do PT. São Paulo: UNESP, 2018.
BOTELHO, André; BRASIL JR. Antonio. A Revolução burguesa no Brasil: cosmopolitismo sociológico e autocracia burguesa. In: FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Contracorrente, 2020. p.7-19.
CARDOSO, Fernando Henrique. Empresário industrial e desenvolvimento econômico no Brasil. São Paulo: DIFEL, 1972.
CARDOSO, Fernando Henrique. Autoritarismo e democratização. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1975.
CARVALHO, Laura. A valsa brasileira. São Paulo: Todavia ,2018.
DEMOCRACIA brasileira está consolidada e incomoda 'predadores', diz Ayres Britto. CNN, 15 de junho de 2020. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/2020/06/15/democracia-brasileira-esta-consolidada-e-incomoda-predadores-diz-ayres-britto (Acesso em 19 de março de 2021).
COHN, Gabriel. Florestan Fernandes: A revolução burguesa no Brasil. In: MOTTA, Lourenço Dantas (org). Introdução ao Brasil: um banquete no trópico (vol.1). São Paulo: SENAC, 1999. p.395-412.
FERNANDES, Florestan. Ensaios de sociologia geral e aplicada. São Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1971.
FERNANDES, Florestan. Capitalismo dependente e classes sociais na América Latina. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1972.
FERNANDES, Florestan. Resposta às intervenções: um ensaio de interpretação sociológica crítica. In: Encontros com a Civilização Brasileira, 1978, Rio de Janeiro, n.4. p.200-207.
FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Globo, 2005.
FERNANDES, Florestan. Que tipo de república? São Paulo: Globo, 2007.
FERNANDES, Florestan. Apontamentos sobre a ‘teoria do autoritarismo’. São Paulo: Expressão Popular, 2019.
FERNANDES, Florestan. O que é revolução? São Paulo: Expressão Popular, 2019a.
FURTADO, Celso. A pré-revolução brasileira. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1962.
GORENDER, Jacob. Combate nas trevas. São Paulo: Perseu Abramo/Expressão Popular, 2014.
IANNI, Octavio. Estado e capitalismo: estrutura social e industrialização no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.
LINZ, Juan. Regimes autoritários. In: PINHEIRO, Paulo Sérgio (org). O Estado autoritário e movimentos populares. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p.119-238.
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro: José Olympio, 2019.
O’DONNEL, Guillermo. Desenvolvimento político ou mudança política? In: PINHEIRO, Paulo Sérgio (org). O Estado autoritário e movimentos populares. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979. p.23-118.
OLIVEIRA, Francisco. Aves de arribação: a migração dos intelectuais. Lua Nova, 1985, São Paulo v.2, n.3, p. 202-6.
PERICÁS, Luiz Bernardo (org). Caminhos da revolução brasileira. São Paulo: Boitempo, 2019.
PRADO JR., Caio. Formação do Brasil contemporâneo. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.
PRADO JR., Caio. A revolução brasileira/ A questão agrária no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 2014.
RICUPERO, Bernardo; BELINELLI, Leonardo. Entrevista – Gabriel Cohn: Florestan e os limites da autocracia burguesa. In: FERNANDES, Florestan. A revolução burguesa no Brasil. São Paulo: Contracorrente, 2020. p.359-374.
ROSANVALLON, Pierre. Por uma história filosófica do político. In: ROSANVALLON, Pierre. Por uma história do político. São Paulo: Alameda, 2010. p.65-101.
SAFATLE, Vladimir. Só mais um esforço. São Paulo: Três Estrelas, 2018.
SCHWARCZ, Lilia. Sobre o autoritarismo brasileiro. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
SCHUMPETER, Joseph. Capitalismo, socialismo e democracia. São Paulo: Unesp, 2019.
SINGER, André. O lulismo em crise: um quebra-cabeça do período Dilma (2011-2016). São Paulo: Companhia das Letras, 2018.
WEBER, Max. Ensaios de sociologia. Rio de Janeiro: LTC, 1979.
ZANII, Fabio. Democracia não está em risco, mas Brasil vive labirinto político, diz Sarney. Valor econômico, 25 de abril de 2020. Disponível em: https://valor.globo.com/politica/noticia/2020/04/25/democracia-no-est-em-risco-mas-brasil-vive-labirinto-poltico-diz-sarney.ghtml
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Leonardo Octavio Belinelli
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação.
2. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.