AJUSTAMENTO DIÁDICO E CONJUGALIDADE: AVALIAÇÃO DO BEM-ESTAR NO CASAMENTO

Autores

  • Fabio Scorsolini-Comin Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
  • Manoel Antônio dos Santos Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.46708

Palavras-chave:

casamento, estado conjugal, avaliação, escalas.

Resumo

Este estudo teve por objetivo discutir a utilização da Escala de Ajustamento Diádico (EAD) para a avaliação do construto conjugalidade, a partir da investigação das correlações entre as suas dimensões: coesão, consenso, satisfação e expressão do afeto. A escala foi aplicada em uma amostra de conveniência e não-probabilística de 106 pessoas casadas e coabitando há 16,11±11,35 anos. Os dados obtidos evidenciaram que todos os domínios da escala correlacionaram-se moderadamente entre si, embora a análise multivariada stepwise aponte que apenas a coesão diádica esteve diretamente associada ao consenso diádico e à expressão do afeto. Tal achado confirma a adequação da escala para a mensuração não apenas do ajustamento diádico, mas também da conjugalidade. Sugere-se a possibilidade de utilização combinada com outros instrumentos associados, que avaliem dimensões individuais de satisfação com o cônjuge.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Fabio Scorsolini-Comin, Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
    Professor Adjunto do Departamento de Psicologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro.
  • Manoel Antônio dos Santos, Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
    Professor em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Referências

Hernandes H, Horta ALM. Percepções de alunas de graduação em enfermagem sobre parcerias sorodiscordantes para o HIV/AIDS. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2005; 13(4): 522-529.

Foucault M. Naissance de la biopolitique: cours au College de France (1978-1979). Paris: Gallimard Seuil; 2004.

Reis RK, Gir E. Dificuldades enfrentadas pelos parceiros sorodiscordantes ao HIV na manutenção do sexo seguro. Rev. Latino-Am. Enfermagem 2005; 13(1): 32-37.

Menezes CC, Lopes RCS. A transição para o casamento em casais coabitantes e em casais não-coabitantes. Rev. Bras. Crescimento Desenvolv. Hum. 2007; 17(1): 52-63.

Bandeira TTA, Moura MLS, Vieira ML. Metas de socialização de pais e mães para seus filhos. Rev. Bras. Crescimento Desenvolv. Hum. 2009; 19(3): 445-456.

Lamoglia CVA, Minayo MCS. Violência conjugal, um problema social e de saúde pública: estudo em uma delegacia do interior do Estado do Rio de Janeiro. Ciênc. saúde coletiva 2009; 14(2): 595-604.

Pesce R. Violência familiar e comportamento agressivo e transgressor na infância: uma revisão da literatura. Ciênc. saúde coletiva 2009; 14(2): 507-518.

Cabral MAA. Prevenção da violência conjugal contra a mulher. Ciênc. saúde coletiva 1999; 4(1): 183-191.

Féres-Carneiro T. Casamento contemporâneo: o difícil convívio da individualidade com a conjugalidade. Psicologia: Reflexão e Crítica 1998; 11(2): 379-394.

Scorsolini-Comin F, Santos MA. (2011). Relações entre bem-estar subjetivo e satisfação conjugal na abordagem da Psicologia Positiva. Psicologia: Reflexão e Crítica 2011; 24(4):658-665.

Ziviani C, Féres-Carneiro T, Magalhães AS, Bucher-Maluschke J. Avaliação da conjugalidade. In: Noronha APP, Santos AAA, Sisto FF (Orgs.). Facetas do fazer em avaliação psicológica. São Paulo: Vetor; 2006. p.13-55.

Dela Coleta MF. A medida da satisfação conjugal: Adaptação de uma escala. Psico 1989; 18(2): 90-112.

Dela Coleta MF. Locus de controle e satisfação conjugal. Psicologia: Teoria e Pesquisa 1992; 8(2):243-252.

Pick de Weiss S, Palos AP. Desarrolo y validacion de la escala de satisfaccion marital. Psiquiatria 1988; 1:9-20.

Norgren MBP, Souza RM, Kaslow F, Hammerschmidt H, Sharlin SA. Satisfação conjugal em casamentos de longa duração: uma construção possível. Estudos de Psicologia 2004; 9(3): 575-584.

Magagnin C, Kõrbes JM, Hernandez JAE, Cafruni S, Rodrigues MT, Zarpelon M. Da conjugalidade à parentalidade: gravidez, ajustamento e satisfação conjugal. Aletheia 2003; 17/18: 41-52.

Perlin GDB. Casamentos contemporâneos: um estudo sobre os impactos da interação famíliatrabalho na satisfação conjugal. [tese]. Brasília: Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília; 2006.

Spanier GB. Measuring dyadic adjustment: new scales for assessing quality of marriage and similar dyads. Journal of Marriage and the Family 1976; 38(1): 15-28.

Hernandez JAE, Hutz CS. Gravidez do primeiro filho: papéis sexuais, ajustamento conjugal e emocional. Psicologia: Teoria e Pesquisa 2008; 24(2): 133-141.

Perlin G, Diniz G. Casais que trabalham e são felizes: mito ou realidade? Psicologia Clínica 2005; 17(2):15-29.

Hernandez JAE. Avaliação estrutural da escala de ajustamento diádico. Psicologia em Estudo 2008; 13(3): 593-601.

Spanier GB, Thompson L. A confirmatory analysis of the Dyadic Adjustment Scale. Journal of Marriage and the Family 1982; 44(3):731-738.

Graham JM, Liu Y, Jeziorski JL. The Dyadic Adjustment Scale: a reliability generalization meta-analysis. Journal of Marriage and Family 2006; 68(3): 701-717.

Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa de Mercado – Abipeme. Critério de classificação socioeconômica – Brasil (CCSEB); 2008.

Zou KH, Tuncali K, Silverman SG. Correlation and simple linear regression. Radiology 2003; 227: 617-628.

Hair JFJ, Anderson RE, Tatham RL, Black WC. Multivariate data analysis with readings. 4th ed. New Jersey: Prentice Hall; 1995.

Scorsolini-Comin F, Santos MA. Ajustamento diádico e satisfação conjugal: correlações entre os domínios de duas escalas de avaliação da conjugalidade. Psicologia: Reflexão e Crítica 2011; 24(3): 439-447.

Scorsolini-Comin F, Santos MA. Satisfação com a vida e satisfação diádica: correlações entre construtos de bem-estar. Psico USF 2010; 15(2): 249-256.

Publicado

2012-10-31

Edição

Seção

Artigos Originais