Pressão arterial elevada em crianças e adolescentes com excesso de peso

Autores

  • Juliana Andreia Fernandes Noronha UEPB; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas
  • Luiz Correia Ramos UEPB; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas
  • Alessandra Teixeira Ramos UEPB; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas
  • Maria Aparecida Alves Cardoso UEPB; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas
  • Danielle Franklin de Carvalho UEPB; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas
  • Carla Campos Muniz Medeiros UEPB; Núcleo de Estudos e Pesquisas Epidemiológicas

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.44940

Palavras-chave:

obesidade, pressão arterial, criança, adolescente

Resumo

OBJETIVO: verificar a prevalência de pressão arterial elevada em crianças e adolescentes obesos ou com sobrepeso, bem como os fatores associados. MÉTODO: estudo transversal com 200 crianças e adolescentes, entre dois e 18 anos. Foram aferidos circunferência abdominal, pressão arterial, peso e estatura. Tanto a pressão arterial sistólica quanto a diastólica foram consideradas elevadas quando iguais ou superiores ao percentil 90. O valor da pressão arterial nos percentis 25, 50 e 75 foi descrito de acordo com faixa etária, sexo, estado nutricional e circunferência abdominal. Para avaliar a associação da pressão arterial elevada com as variáveis clínicas foi utilizado o teste do qui-quadrado e adotado nível de significância de 5%. RESULTADOS: a maioria das crianças e adolescentes (70,5%) apresentava pressão arterial elevada: 6% mostravam elevação apenas na pressão arterial sistólica, 33% na diastólica e 31,5% em ambas. Valores pressóricos sistólicos mais elevados foram observados nos indivíduos com obesidade grave e circunferência abdominal aumentada, assim como naqueles do sexo masculino e no grupo dos adolescentes. Entre os que tinham pressão arterial elevada, o limite máximo da normalidade da pressão sistólica foi observado no percentil 50 e, da diastólica, no 75. A pressão arterial sistólica elevada esteve associada aos adolescentes com obesidade grave. CONCLUSÃO: a alta prevalência de pressão arterial elevada observada neste estudo mostra a necessidade da implantação de políticas e ações voltadas à prevenção e controle da obesidade e suas co-morbidades, a exemplo da hipertensão arterial sistêmica.

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Publicado

2012-08-01

Edição

Seção

Pesquisa Original