Resiliência: um estudo com brasileiros institucionalizados
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.38579Palavras-chave:
resiliência, resilientes, maternagem, paternagem, direito à equidade.Resumo
A resiliência pode ser definida como a capacidade de um desenvolvimento normal sob condições difíceis ou adversas. Partindo-se desta definição, foi realizado um estudo exploratório objetivando elaborar hipóteses heurísticas para dar conta deste tema a partir do relato livre autobiográfico de sete pessoas que passaram anos de sua infância institucionalizados. Foram consideradas resilientes por manterem vinculações afetivas importantes, por trabalhar, estudar e não ter atividades delinqüenciais. A análise do discurso evidenciou a importancia de aspectos ligados à maternagem através de pontos fixos de valência positiva, que possibilitaram aos sujeitos alguma forma de apego seguro: irmãos; namoradas; parentes; outras pessoas; instituição. Através destes pontos, os sujeitos puderam constituir-se como identidades e individualidades. O estudo apontou também para a paternagem como um fator educativo de “mostrar o caminho”, exercida pela instituição através da responsabilizaçao da criança em atividades. Esta paternagem seria a responsável pelo sentimento de potência que pareceu caracterizar os sujeitos. Finalmente, os sujeitos expressaram um desejo de normalização de suas vidas que pode ser interpretado como o direito à equidade, de não exclusão, ou seja, de acesso ao repertório de experiências da sociedade. Estes três aspectos estariam na base da capacidade de criação de sentido da própria vida através de um rumo que norteia projetos unindo o presente ao passado e ao futuro.Downloads
Referências
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