Percepção corporal e atividade física em uma coorte de adultos jovens brasileiros

Autores

  • Luiz Antonio Del Ciampo Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Dalma Maria Silva Rodrigues Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Ieda Regina Lopes Del Ciampo Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Viviane Cunha Cardoso Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Heloisa Bettiol Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria
  • Marco Antonio Barbieri Universidade de São Paulo; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto; Departamento de Puericultura e Pediatria

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.19975

Palavras-chave:

satisfação corporal, imagem corporal, índice de massa corporal, atividade motora

Resumo

OBJETIVO: analisar as relações entre percepção corporal, peso referido, peso aferido e atividade física entre adultos jovens da cidade de Ribeirão Preto (SP). MÉTODO: estudo de uma coorte de indivíduos nascidos entre 1978-1979, classificados segundo sexo, nível de escolaridade, índice de massa corporal e grau de atividade física, avaliado pelo International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). RESULTADOS: foram avaliados 2035 indivíduos (51,8% do sexo feminino) dos quais 1727 (84,8%) referiram ter estudado mais de nove anos. Tanto a média de peso (77,6 ± 15 kg) quanto de índice de massa corporal (25 ± 4,4 kg/m²) foram superiores para o sexo masculino. Quanto à classificação da percepção corporal, 81,6% das mulheres superestimaram o peso corporal e 78,2% dos homens o subestimaram. Entre todos os indivíduos que subestimaram o peso corporal, 92,3% tinham grau de escolaridade superior a nove anos. Os indivíduos que superestimaram o peso foram os que menos desenvolveram atividade física (58,6%). Nos grupos dos indivíduos que consideraram o peso adequado ou o superestimaram, 48,3% e 51,2%, respectivamente, foram classificados como ativos ou muito ativos. CONCLUSÃO: índice de massa corporal e atividade física contribuíram para melhor avaliação do próprio peso, enquanto que o sexo feminino e o maior grau de escolaridade relacionaram-se diretamente com a distorção da autopercepção, com tendência a superestimar o próprio peso.

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Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

Pesquisa Original