Efeito do clampeamento tardio do cordão umbilical nos níveis de hemoglobina em crianças nascidas de mães anêmicas e não anêmicas
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19966Palavras-chave:
deficiência de ferro, anemia, crianças, cordão umbilicalResumo
OBJETIVO: avaliar o efeito do clampeamento tardio do cordão umbilical nos níveis de hemoglobina (Hb) em crianças aos três meses de vida segundo o status de hemoglobina materna. MÉTODO: realizou-se estudo de intervenção, em hospital público do município de São Paulo em 2006, com 325 mães e crianças nascidas a termo, de parto vaginal e sem patologias. Realizaram-se dosagens de Hb da mãe no pré-parto e de Hb do cordão umbilical. Foram avaliadas 210 crianças (64,6%) em ambulatório por volta dos 3 meses de vida, incluindo-se informações sociais, antropométricas, de alimentação e dosagem de Hb por meio de coleta de sangue venoso. A análise dos dados foi realizada por modelos de regressão linear múltipla para mães anêmicas (Hb < 11,0 g/dL) (42) e não anêmicas (168). A variável desfecho constituiu-se no percentual da diferença entre os valores de Hb da criança ao nascer e aos três meses de idade ([Hb 3meses - Hb cordão)/ Hb cordão]x100) e a variável explanatória no tipo de clampeamento do cordão umbilical. RESULTADOS: as crianças nascidas de mães não anêmicas submetidas ao clampeamento tardio do cordão umbilical apresentaram ganho de hemoglobina aos três meses de idade, em torno de 4%. CONCLUSÃO: o efeito positivo de clampear tardiamente o cordão umbilical, nos níveis de hemoglobina das crianças aos três meses de idade foi observado somente entre aquelas nascidas de mães não anêmicas.Downloads
Referências
McLean E, Egli I, Cogswell M, Benoist B, Wojdila D. Worldwide prevalence of anemia in preschool age children and pregnant women and non-pregnant women of reproductive age. In: Kraemer K, Zimmermann MB. Nutritional Anemia. Switzer-land: Sight and Life Press: 2007. p.1-12.
Gleason G, Scrimshaw NS. An overview of the functional significance of iron deficiency. In: Kraemer K, Zimmermann MB. Nutritional Anemia. Switzerland: Sight and Life Press: 2007. p.45-57.
Osório MM, Lira PIC, Batista-Filho M, Ashworth A. Prevalence of anemia in children 6-59 months old in the state of Pernambuco, Brazil. Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health2001;10(2):101-107.
Oliveira RS et al. Magnitude, distribuição espacial e tendência da anemia em pré-escolares da Paraíba. Rev Saúde Pública. 2000;36(1):26-32.
Assis MOA et al. Childhood anemia prevalence and associated factors in Salvador, Bahia, Brazil. Cad Saúde Pública2004;20(6):1633-1641.
Monteiro CA, Szarfarc SC, Mondini L. Tendência secular da anemia na infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Rev Saúde Pública 2000;34(6) supl:62 -72.
Neuman NA, Tanaka OY, Szarfarc SC, Guimarães PRV, Victora CG. Prevalência e fatores de risco para anemia no Sul do Brasil. Rev Saúde Pública 2000;34(1):56-63.
Assunção MCF, Santos IS, Barros AJD, Gigante DP, Victora CG. Anemia em menores de seis anos: estudo de base populacional em Pelotas, RS. Rev Saúde Pública. 2004;41(3):328-335.
PNDS [site na Internet]. Brasília: Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Mulher e da Criança, Ministério da Saúde, 2006. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/pnds/banco_dados.php . Acesso: 22/07/2008.
Osório MM. Fatores determinantes da anemia em crianças. J Pediatria (RioJ). 2002;78(4):269-278.
van Rheenen PV. Brabin BJ. Late umbilical cordclamping as an intervention for reducing iron deficiency anaemia in term infants in developing and industrialized countries: a systematic review. Ann Trop Paediatr2004; 24:3-16.
Mercer JS. Current best evidence: A review of the literature on umbilical cord clam-ping. JMWH 2001; 46(6):402-415.
Chaparro CM, Neufeld LM, Alavez GT, Cedillo REL, Dewey KG. Effect of timing of umbilical cord clamping on iron status in Mexican infants: a randomized controlled trial. Lancet 2006; 367:1997-2004.
Grajeda R, Pérez-Escamilla R, Dewey KG. Delayed clamping of the umbilical cord improves hematologic status of Guatemalan infants at 2 mo of age. Am J Clin Nutr1997;65:425-431.
Venancio SI, Levy RB, Saldiva, SM, Mon-dini L, Alves MCGP, Leung S. Efeito do clampeamento do cordão umbilical sobre os níveis de hemoglobina e ferritina de crianças. Cad Saúde Pública. 2008;24(supl. 2): S323-S331.
Gupta R, Ramji S. Effect of delayed cord clamping on iron stores in infants born to anemic mothers: a randomized controlled trial. Indian Pediatrics 2002;39:130-135.
Biesalski H-K, Erhardt JG. Diagnosis of nutritional anemia-laboratory assessment of iron status. In: Kraemer K, Zimmermann MB. Nutritional Anemia. Switzerland: Sight and Life Press: 2007. p.38-44.
MS/ENSP-FIOCRUZ. Pesando e medindo em uma unidade de saúde. Zaborowski EL, coordenador. Centro de Referência de Alimentação e Nutrição – Região Sudeste. Rio de Janeiro: 1997.
WHO Multicentre Growth Reference Study Group. WHO Child Growth Standards: length/height-for-age, weight-for-age, weight-for-length, weight-for-height and body mass index-for-age. Methods and development. Geneva: World Health Organization, 2006. 312p.]
Singla PN, Tyagi M, Shankar R, Dash D, Kumar A. Fetal iron status in maternal anemia. Acta Pediatr Scand. 1996;85:1327-1330.
Chaparro, CM. Setting the stage for child health and development: prevention of iron deficiency in early infancy. J Nutr 2008;138:2529-2533.
West Jr KP, Gernand AD, Sommer A. Vitamin A in nutritional anemia. In: Kraemer K, Zimmermann MB. Nutritional Anemia. Switzerland: Sight and Life Press: 2007. p.133-153.
Hutton E, Hassan E. Late vs early clam-ping of the umbilical cord in full-term neo-nates-systematic review and meta-anslysis of controlled trials. JAMA. 2007;297(21):1241-1252.
van Rheenen P, Moor L, Eschbach S, Grooth H, Brabin B. Delayed cord clamping and haemoglobin levels in infancy: a randomized controlled trial in term babies. Trop Med Intern Health 2007; 12(5):603-616.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis