Aprendizagem motora em crianças com paralisia cerebral
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19963Palavras-chave:
paralisia cerebral, aprendizagem em labirinto, criançaResumo
INTRODUÇÃO: a Paralisia Cerebral (PC) tem como característica causar alterações na postura e movimento que dificultam a realização de atividades funcionais. Diante das dificuldades motoras, a reabilitação torna-se essencial e tem como uma opção basear-se na aprendizagem motora. Porém, é importante a investigação do processo de aprendizagem motora em indivíduos com PC para viabilizar a organização de programas de tratamento mais efetivos. OBJETIVO: analisar o processo de aprendizagem motora em crianças com PC. MÉTODO: Para a realização deste trabalho utilizou-se um grupo experimental (GE) e um grupo controle (GC) ambos formados por 4 crianças pareadas em relação ao gênero (um do gênero feminino e três do gênero masculino) e idade (entre sete e doze anos). A tarefa consistia em realizar um caminho em um labirinto, no menor tempo possível. O trabalho consistiu de duas fases, sendo inicialmente a fase de aquisição (AQ) e depois as transferências (Imediata-TI; Curto Prazo-TC e Longo Prazo-TL). RESULTADO: Verificou-se que não houve diferença estatisticamente significante entre a AQ e as transferências avaliadas com os valores a seguir: TI (z = -1,83 e p = 0,07), TC (z = -1,83 e p = 0,07) e a TL [GE (z = -1,83 e p = 0,07) e GC (z = -1,46 e p = 0,14)]. CONCLUSÃO: No processo de aprendizagem da tarefa de labirinto, analisando-se os resultados entre as fases de AQ e Transferência não se observou diferença, ou seja, os indivíduos com PC mostraram capacidade de aprendizagem preservada por meio da adaptação da tarefa, fato este que ocorreu de forma equivalente aos indivíduos sem paralisia cerebral.Downloads
Referências
Aicardi J, Bax M. Cerebral palsy. In: Aicardi J. Diseases of the nervous system in childhood. Clinics in developmental medicine. London: Mac Keith Press; 1992.p. 334-932.
Stokes M. Neurologia para Fisioterapeutas. São Paulo: Premier; 2000.
Parker DF, Carriere L, Hebestreit H, Salsberg A, Bar OR. Muscle Performance and Gross Motor Function of Children With Spastic Cerebral Palsy. Developmental medicine and child neurology.1993;35(1):17-23.
Boyce WF, Gowland C, Rosenbaum PL, Lane M, Plews N, Goldsmith CH, et al. The Gross Motor Performance Measure: Validity and Responsiveness of a Measure of Quality of Movement. Physical Therapy. 1995;75(7):603-613.
Edwards S. Neurological physiotherapy. New York: Churchill Livingstone; 1996.
Bax M. Medical aspects of cerebral palsy. In: Finnie NR. Handling the young child with cerebral palsy at home. 3rd ed. London: Butterworth-Heinemann; 1997.
Diament A, Cypel S. Neurologia infantil.4th ed. São Paulo: Atheneu; 2005.
Papavasiliou AS. Management of motor problems in cerebral palsy: A critical update for the clinician. Eur J Paediatr Neurol. 2009; 13(5): 387-396.
Bax M. Diagnostic assessment of children with cerebral palsy. Lancet Neurol.2004;3:395.
Cans C. Surveillance of cerebral palsy in Europe: a collaboration of cerebral palsy surveys and registers. Dev Med Child Neurol. 2007;42(12):816-824.
Tani G. Aprendizagem motora: tendências, perspectivas e problemas de investigação. In: Tani G. Comportamento motor: aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005.
Holmefur M, Krumlinde-Sundholm L, Bergstrom J, Eliasson A. Longitudinal development of hand function in children with unilateral cerebral palsy. Dev Med Child Neurology. 2009; 52(4): 352-357.
Magill R. A. Aprendizagem motora: conceitos e aplicações. 5th ed. São Paulo: Edgard Blücher; 2000.
Manoel EJ. A dinâmica do estudo do comportamento motor. Revista Paulista de Educação Física. 1999;13:52-61.
Lemieux TS, Penhune VB. The effects of practice and delay on motor skill learning and retention. Experimental Brain Research. 2005;161:423-431.
Lent R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. São Paulo: Atheneu; 2001. p. 587-617.
Schmidt R, Wrisberg C. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. 3rded. Porto Alegre: Artmed; 2001.
Adams JA. A closed-loop theory of motor learning. J Motor Behavior. 1971;3:111-50.
Teixeira LA. Aprendizagem de habilidades motoras na ginástica artística. In: Nunomura M, Nista-Piccolo VL. Compreendendo a ginástica artística. São Paulo: Phorte; 2004.
Kleim JA, Jones TA. Principles of experience-dependent neural plasticity: implications for rehabilitation after brain damage. J Speech, Language, Hearing Research. 2008; 51: 225-239.
Mulder TA. A process-oriented model of human motor behavior: toward a theory-based rehabilitation approach. Physical Therapy. 1991; 71: 157-64.
Carr JH, Shepherd RB. The changing face of neurological rehabilitation. Rev Bras Fisioterapia. 2006;10(2):147-56.
Salmoni A, Schmidt RA, Walter CB. Knowledge of results and motor learning: A review and critical reappraisal. Psychological Bulletin. 1984; 95: 355-386.
Emanuel M, Jarus T, Bart, O. Effects of focus of attention and age on motor acquisition, retention, and transfer: randomized trial. Physical Therapy. 2008;88(2): 251-60.
Souza DE, França FR, Campos TF. Teste de Labirinto: Instrumento de Análise na Aquisição de uma Habilidade Motora. Rev Bras Fisioterapia. 2006;10(3): 355-60.
Palisano R, Rosenbaum P, Walters S, Russel DJ, Wood EP, Galuppi P. Development and reliability of a system to classify gross motor function in children with cerebral palsy. Dev Med Child Neurol. 1997; 39: 214-23.
CIF – Classificação Internacional de funcionalidade, Incapacidade e Saúde/ [Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde para Família de Classificações Internacionais, organização e coordenação da tradução Cássia Maria Buchalla]. São Paulo: Editora da Universidade; 2003.
Gunnar G, Stucki G. Organizing human functioning and rehabilitation research into distinct scientific fields. Part II: Conceptual descriptions and domains for research. J Rehabilitation Medicine. 2007;39(4): 293-8.
Sullivan KJ, Kantak SS, Burtner PA. Mo-tor Learning in Children: Feedback Effect son Skill Acquisition. Physical Therapy.2008; 88(6):720-32.
Benda RN. Sobre a natureza da aprendizagem motora: mudança e estabilidade e mudança. Rev Bras Educação Física. 2006; 20(5): 43-45.
Pellegrini AM. A aprendizagem de habilidade motoras I: o que muda com a prática? Rev Paul Educação Física. 2000; 3: 29-34.
Choshi K. Aprendizagem motora como um problema mal definido. Rev. paul. Educ. Fís. 2000; 3: 16-23.
Bertalanffy LV. Teoria geral dos sistemas: aplicação à psicologia. In: Anohin PK, Bertalanffy LV, Rapoport A, Mackenzie WJM, Thompson JD. Teoria dos sistemas. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas;1976.
Paim MCC. Fatores motivacionais e desempenho no futebol. Revista da Educação Física/UEM. 2001; 12(2): 73-79.
Valenteini NC. A influência de uma intervenção motora no desempenho motor e na percepção de competência de crianças com atrasos motores. Rev. Paul. Educ. Fís.2002; 16(1); 61-75.
Shumway-Cook A, Woollacott MH. Controle motor. Teoria e aplicações práticas. 2nd ed. São Paulo: Manole; 2003.
Karni A, Meyer G, Rey-Hipolito C, Jezzard P, Adams MM, Turner R, et al. The acquisition of skilled motor performance: fast and slow experience-driven changes in primary motor cortex. Proc National Academy of Sciences. 1998;95: 861-68.
Wulf G, Shea G, Lewthwaite R. Motor skill learning and performance: a review of influential factors. Med Educ. 2010; 44:75-84.
Chiviacowsky S, Neves C, Locatelli L, Oliveira C. Aprendizagem motora em crianças: efeitos da frequência autocontrolada de conhecimento de resultados. Rev. Bras. Cienc. Esporte. 2005;26(3): 177-190.
Chiviacowsky S, Kaefer A, Medeiros FL, Pereira FM. Aprendizagem motora emcrianças: ”feedback” após boas tentativas melhora a aprendizagem?. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp. 2007; 21(2): 57-65.
Hemayattalab R, Rostami LR. Effects of frequency of feedback on the learning of motor skill in individuals with cerebral palsy. Res Dev Disabilities. 2010; 31: 212-217.
Reid D. The use of virtual reality to improve upper-extremity efficiency skills in children with cerebral palsy: a pilot study. Tech Disabil. 2002;14:53-61.
Chen YP, Kang LJ, Chuang TY, Doong JL, Lee SJ, Tsai MW, et al. Use of Virtual Reality to Improve Upper-Extremity Control in Children With Cerebral Palsy: A Single-Subject Design. Physical Therapy. 2007;87(11): 1441-57.
Rieckmann A, Bäckman L. Implicit Learning in Aging: Extant Patterns and New Directions. Neuropsychol Rev.2009;19:490-503.
Orban P, Peigneux P, Lungu O, Albouy G, Breton E, Laberenne F, et al. The multifaceted nature of the relationship between performance and brain activity in motor sequence learning. NeuroImage.2010; 49: 694-702.
Hemayattalab R, Movahedi A. Effects of different variations of mental and physical practice on sport skill learning in adolescents with mental retardation. Res Dev Disabilities.2010; 31:81-86.
Straub K, Obrzut JE. Effects of Cerebral Palsy on Neuropsychological Function. J Dev Phys Disabil. 2009; 21:153-167.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis