Crianças e adolescentes vítimas de queimaduras: caracterização de situações de risco ao desenvolvimento
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19899Palavras-chave:
queimadura, crianças, adolescentes, prevenção, acidentes domésticosResumo
No Brasil acontece um milhão de casos de queimadura a cada ano, dos quais 40 mil demandam hospitalização. Ainda que o prognóstico para o tratamento da queimadura tenha melhorado nos últimos anos, ela ainda configura importante causa de mortalidade, além de resultar em morbidade pelo desenvolvimento de seqüelas. Este trabalho objetivou caracterizar a clientela pediátrica vítima de queimadura, atendida no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, PA, no período de um ano, e descrever os contextos em que os acidentes ocorreram, identificando situações de risco ao desenvolvimento do paciente. Participaram 164 acompanhantes de crianças/adolescentes vítimas de queimaduras. Utilizou-se: (a) roteiro de entrevista semi-estruturado com perguntas sobre dados sociodemográficos e questões referentes ao acidente que ocasionou a queimadura, e (b) roteiro de análise de prontuário. Os resultados apontam que a maioria das crianças/adolescentes vítimas de queimaduras era do sexo masculino (68%). A maioria permaneceu hospitalizada por um período igual ou inferior a 10 dias (n=53). O agente causador que apresentou maior freqüência foi líquido quente (56,71%), em crianças na faixa de 1 a 4 anos de idade. Os demais incluíam líquido inflamável, eletricidade, cinza e incêndio. Evidenciou-se a falta de conhecimento dos cuidadores acerca de características do desenvolvimento infantil, expondo a criança a condições de risco. Discute-se a possibilidade de programas de prevenção, tanto em nível primário (educação de pais sobre prevenção de acidentes domésticos), quanto em nível secundário e terciário (minimização das seqüelas resultantes da queimadura).Downloads
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