O brincar na vida do escolar com câncer em tratamento ambulatorial: possibilidades para o desenvolvimento
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19890Palavras-chave:
Saúde da criança, enfermagem, oncologia, desenvolvimento infantilResumo
Pelo brincar, a criança compreende o seu entorno, aprende complexificando as tarefas cotidianas e desenvolve-se. Entre aquelas em processo de adoecimento, como o câncer, o brincar assume um papel adicional ao ajudá-la no enfrentamento de situações de difícil controle como a internação hospitalar, afastamento da família da escola e dos amigos e a exposição a procedimentos invasivos e dolorosos. Pouco se sabe sobre o lugar do brincar na vida da criança quando prossegue com o tratamento em casa. O estudo investiga o brincar da criança com câncer em tratamento ambulatorial na comunidade com o objetivo de descrever e analisar os mediadores usados nas brincadeiras e jogos. A pesquisa qualitativa foi realizada pelo método criativo e sensível com 12 escolares em tratamento ambulatorial para câncer. O cenário foi um hospital na cidade do Rio de Janeiro. O processo de análise aplicado levou ao tema mediadores do brincar, o qual se desdobrou em dois subtemas: o primeiro é referente aos instrumentos e signos usados nas brincadeiras e jogos. O segundo se refere à interação social (pessoas e ambiente) nas brincadeiras e jogos. As crianças atribuíram pouco significado aos possíveis limites do adoecimento nas brincadeiras e jogos. Elas buscam normalizar suas vidas e estão abertas a relacionamentos com seus pares, transformando diferentes cenários em lugares de brincadeiras. Oportunizar espaços para que expressem suas brincadeiras de preferência é um reconhecimento de que suas necessidades de desenvolvimento fazem parte do plano terapêutico.Downloads
Referências
Martins MR, Ribeiro CA, Borba RIH, Silva CV. Protocolo de Preparo da Criança Pré-escolar para Punção Venosa, com Utilização do Brinquedo terapêutico. Rev Latino-Am Enfermagem. 2001; 9(2): 76-85.
Mitre RMA, Gomes R. A promoção do brincar no contexto da hospitalização infantil como ação de saúde. Ciênc Saúde Coletiva. [periódico online]. 2004[acesso em 9 dez 2008]; 9(1): 147-154.Disponível em: http://www.scielo.br.DOI: 10.1590/S1413-81232004000100015.
Motta AB, Enumo SRF. Brincar no Hospital: Câncer Infantil e Avaliação do Enfrentamento da Hospitalização. Psic. Saúde Doenças. 2002; 3(1): 23-41.ISSN 1645-0086.
Ribeiro CA, Almeida FA, Borba RIH. Acriança e o Brinquedo no Hospital. In: Almeida FA, Sabatés AL. Enfermagem Pediátrica: a criança, o adolescente e sua família no hospital. Barueri: Manole;2008. p. 65-76.
Vigotski LS. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes; 2007.
Hockenberry MJ, Wilson D, Wilkestein ML. Wong Fundamentos de Enfermagem Pediátrica. Rio de Janeiro: Elsevier; 2007.
Cagnin ERG, Liston NM, Dupas G. Representação social da criança sobre o câncer. Rev. Esc. Enferm. USP [periódico online]. 2004 [acesso em 9dez 2008]; 38(1): 51-60. Disponível em: http://www.scielo.br. DOI: 10.1590/S0080-62342004000100007.
Melo LL. Do vivendo para brincar ao brincando para viver: o desvelar da criança com câncer em tratamento ambulatorial na brinquedoteca [tese]. São Paulo: Escola de enfermagem de Ribeirão Preto USP; 2003.
Costa JC, Lima RAG. Crianças/Adolescentes em quimioterapia ambulatorial: implicações para a enfermagem. Rev. Latino-Am Enfermagem. 2002; 10(3): 552-60.
Cabral IE. Aliança de saberes no cuidado e estimulação da criança-bebê: concepções de estudantes e mães no espaço acadêmico de enfermagem. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery; 1999.
Monteiro VO. Um diálogo com crianças sobre o alcoolismo: a abordagem freiriana no trabalho educativo da enfermagem [tese]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery; 2003.
Monteiro VO. A imagem do álcool na vida dos adolescentes: Sua relação coma prática educativa-dialógica da enfermeira [dissertação]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery;1999.
Orlandi EP. Análise do discurso: princípios e procedimentos. São Paulo: Pontes; 2005.
Modelo de Assentimento Informado /Word Health Organization [acesso em 01dez 2007]. Disponível em: http://www.who.int/rpc/research_ethics/informed_consent/en/print.html
Vieira MA, Lima RAG. Crianças e adolescentes com doença crônica: convivendo com mudanças. Rev. Latino-Am Enfermagem. 2002; 10(4): 552-60.
Hansen J, Macarini SM. Martins GDF, Wanderlind FH, Vieira ML. O brincar e suas implicações para o desenvolvimento infantil a partir da Psicologia Evolucionista. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum.2007;17(2):133-143.
Bomtempo EA. Brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário. In: Kishimoto TM. Jogo, brinquedo, brincadeira e educação. 11nd ed. São Paulo: Cortez; 2008. p. 57-72.
Pinto GU, Góes MCR. Deficiência mental, imaginação e mediação social: um estudo sobre o brincar. Rev. Bras.Educ. Espec. 2006 [acesso em 9 dez2008]; 12 (1): 11-28. Disponível em: http://www.scielo.br. DOI: 10.1590/S1413-65382006000100003
Elsen I, Marcon SS, Santos MR. O viverem família e sua interface com a saúde e a doença. Maringá: Eduem; 2002.
Couto LLA. A (com) vivência da família com o escolar da doença oncológica: perspectivas para a enfermagem pediátrica [dissertação]. Rio de Janeiro: Escola de Enfermagem Anna Nery; 2004.
Wayhs RI, Souza AIJ. Estar no hospital: a expressão de crianças com diagnóstico de câncer. Cogitare Enfermagem[periódico online]. 2002 [acesso em 19fev 2009]; 7(2). Disponível em: http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/cogitare/article/view/1667/1393.
Pedro ICS, Nascimento LC, Poleti LC, Lima RAG, Mello DF, Luiz FMR. Brincar em sala de espera de um ambulatório infantil na perspectiva de crianças e seus acompanhantes. Rev.Latino-Am Enfermagem. 2007; 15(2):290- 97.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis