Alimentação saudável: percepções dos educadores de instituições infantis
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.19874Palavras-chave:
Alimentação, Crianças, Educadores, CrechesResumo
OBJETIVO: Analisar as percepções dos educadores sobre a alimentação saudável no âmbito escolar. MÉTODO: Estudo transversal de abordagem qualitativa no qual se utilizou o Discurso do Sujeito Coletivo (DSC), técnica baseada nas representações sociais, que permitiu a organização e tabulação de dados de natureza verbal, obtidos por meio de entrevistas com 78 educadores de 8 instituições infantis públicas do município de Jandira, São Paulo. RESULTADOS: A alimentação saudável para as crianças, sob o ponto de vista destes profissionais, foi percebida a partir de diferentes dimensões como: a variedade e a diversidade da alimentação; a quantidade e qualidade adequada, que atendesse às necessidades biológicas e às preferências alimentares; de consistência adequada, que fosse natural e oferecida nos horários certos. Muitos dos fundamentos que compõem uma alimentação saudável foram citados, porém verificou-se que algumas questões importantes não foram lembradas, como: a procedência e a preparação dos alimentos; a realização das refeições em ambientes calmos e a satisfação das necessidades emocionais e sociais. Ressaltando ainda que, dentre os itens contemplados, alguns apresentaram contradições e distorções, como as questões das preferências versus gostos alimentares e da consistência. CONCLUSÃO: A maioria das percepções dos educadores sobre a alimentação saudável observadas nos discursos demonstraram-se inadequadas quando comparadas aos parâmetros da promoção dos hábitos alimentares para as crianças. Práticas e percepções estas, que podem, em alguns casos, influenciar a conduta destes profissionais no momento das atividades de alimentação.Downloads
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