Descrição de padrão atípico de gemelares com Zika congênita presumida e sem microcefalia - Relato de Caso

Autores

  • Ana Carolina Peixoto e Lucena Fontes Centro Universitário FMABC/ Universidade Estadual de Pernambuco
  • Italla Maria Pinheiro Bezerra Centro Universitário FMABC/3Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM)
  • Luiz Carlos de Abreu Centro Universitário FMABC/Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM)

DOI:

https://doi.org/10.7322/jhgd.152196

Palavras-chave:

gravidez, Zika Vírus, oftalmologia, transtornos de visão

Resumo

Introdução: A infecção pelo Zika vírus (VZIK) foi emergência em saúde pública de interesse nacional brasileiro até maio de 2017, devido ao súbito aumento de nascidos com microcefalia e outras alterações neurológicas durante a epidemia iniciada no Brasil em novembro de 2015. As manifestações da infecção intrauterina pelo VZIK são mais graves quando ocorrem no primeiro e segundo trimestres de gestação, principalmente no primeiro trimestre. Nesta situação, o diagnóstico precoce dos problemas visuais é imprescindível para que os pacientes apresentem avanços nos campos neurológicos e até motores, sendo que há complicações como erros refrativos (miopia, astigmatismo e hipermetropia), estrabismo e hipoacomodação. A ausência de microcefalia em lactentes expostos ao Zika vírus não é indicativo de alterações ofatalmológicas, sendo imprescindível ap médico oftalmologista realizar as investigações spertinentes ao caso clínico. Toda e qualquer lesão ocular e em seus anexos são graves. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais cedo a criança pode ser submetida a uma intervenção para habilitação da visão.

Objetivo: Analisar padrão atípico de gemelares com Zika congênita presumida e sem microcefalia.

Método: Trata-se de um relato de caso, desenvolvido na cidade de Serra Talhada, interior do estado de Pernambuco, Nordeste Brasileiro.

Relato: Caso de gemelares cuja mãe foi exposta ao Zika vírus no segundo trimestre de gestação (décima primeira semana). As crianças nasceram prematuras e sem microcefalia. Um dos gemelares apresentou hidrocefalia com necessidade de intervenção cirúrgica. A mesma criança foi levada para exame oftalmológico por possuir estrabismo convergente e foi encontrado nervo óptico hipocorado e cicatriz coriorretiniana em região macular em ambos os olhos semelhantes às lesões descritas pelo Zika vírus. Quadro similar, mas com menor comprometimento visual foi identificado no segundo gemelar. A tomografia de crânio demonstrou focos de calcificação nos hemisférios cerebrais bilateralmente.

Conclusão: Houve presença de desvio convergente e nistagmo às lateroversões. Na fundoscopia, o nervo óptico apresentou-se hipocorado e com lesão coriorretiniana cicatricial com bordos bem delimitados em área macular de ambos os olhos.

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Biografia do Autor

  • Ana Carolina Peixoto e Lucena Fontes, Centro Universitário FMABC/ Universidade Estadual de Pernambuco

     Laboratório de Delineamento de Estudos e Escrita Científica

  • Italla Maria Pinheiro Bezerra, Centro Universitário FMABC/3Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM)

     Laboratório de Delineamento de Estudos e Escrita Científica

  • Luiz Carlos de Abreu, Centro Universitário FMABC/Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAM)

     Laboratório de Delineamento de Estudos e Escrita Científica

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Publicado

2018-11-28

Edição

Seção

Artigos Originais