Acidentes com aranhas e escorpiões no Alto Juruá, Acre - Brasil
DOI:
https://doi.org/10.7322/jhgd.152178Palavras-chave:
animais peçonhentos, aranhas, escorpiões, epidemiologia, AmazôniaResumo
Introdução: Informações epidemiológicas sobre envenenamentos por animais peçonhentos são fundamentais para elaborar propostas de campanhas educativas para prevenção e podem contribuir para a melhoria do atendimento de pacientes admitidos nas unidades de saúde.
Objetivo: Assim, o objetivo é Analisar o perfil epidemiológicos sobre o envenenamento por aranhas e escorpiões ocorridos na região do Alto Juruá, Amazônia Ocidental, Brasil no período de 2012 a 2017.
Método: Os dados epidemiológicos foram obtidos a partir das fichas do SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) no Setor de Vigilância Epidemiológica do Hospital Regional do Juruá localizado em Cruzeiro do Sul.
Resultados: Foram registrados 207 casos de acidentes com aracnídeos, predominando as picadas por escorpiões (148 casos; 71,9%). A média do coeficiente de morbidade durante o período de estudo foi de 12 casos por 100.000 habitantes para o araneísmo e de 29,28 para o escorpionismo. Não houve correlação entre os acidentes com aranhas e escorpiões com a pluviosidade ao longo dos meses durante o período de estudo.
Conclusão: A média da incidência de acidentes com aranhas e escorpiões na região do Alto Juruá é uma das maiores registradas para a Amazônia brasileira e é maior do que as médias para o Brasil, região Norte e para o estado do Acre. Os acidentes com aranhas e escorpiões não estiveram correlacionados com a pluviosidade, podendo outros fatores associados a biologia das espécies ou com as atividades humanas relacionados com a distribuição temporal, estando assim o risco de acidente com aracnídeos durante todo o ano.
Downloads
Referências
2. Chippaux JP. Epidemiology of envenomations by terrestrial venomous animals in Brazil based on case reporting: from obvious facts to contingencies. J Venom Anim Toxinas incl Trop Dis. 2015; 21:1-17. DOI: http://dx.doi.org/10.1186/s40409-015-0011-1
3. Reckziegel GC, Pinto VL. Scorpionism in Brazil in the years 2000 to 2012. J Venom Anim Toxinas incl Trop Dis. 2014;20(1):1-8. DOI: http://dx.doi.org/10.1186/1678-9199-20-46
4. Cupo P, Azevedo-Marques MM, Hering SE. Escorpionismo. In: Cardoso JLC, França OSF, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Jr. V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2 ed. São Paulo: Sarvier, 2009; p.214-22.
5. Queiroz AM, Sampaio VS, Mendonça I, Fé NF, Sachett J, Ferreira LCL, et al. Severity of scorpion stings in the western Brazilian Amazon: a case-control study. PLoS One. 2015;10(6): e0128819. DOI: https://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0128819
6. Sampaio VS, Gomes AA, Silva IM, Sachett J, Ferreira LCL, Oliveira S, et al. Low health system performance, indigenous status and antivenom underdosage correlate with spider envenoming severity in the remote Brazilian Amazon. PLoS One. 2016;11(5):e0156386. DOI: https://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0156386
7. Pierini SV, Warell DA, Paulo A, Theakston RD. High incidence of bites and stings by snakes and other animals among rubber tappers and Amazonian Indians of the Juruá Valley, Acre State, Brazil. Toxicon. 1996;34(2):225-36.
8. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo demográfico 2018. [cited 2018 Apr 10] Available from: http://www.ibge.gov.br
9. Governo do Estado do Acre. Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado do Acre, Fase II (Escala 1:250.000). Documento Síntese. 2th ed. Rio Branco: SEMA; 2010.
10. Using JMP. JMP®. Version 11. SAS Institute Inc. Cary: 2013.
11. Cupo P, Azevedo-Marques MM, Hering SE. Acidentes por animais peçonhentos: escorpiões e aranhas. Medicina. 2003;36(2/4):490-7. DOI: https://dx.doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v36i2/4p490-497
12. Barbosa IR. Aspectos clínicos e epidemiológicos dos acidentes provocados por animais peçonhentos no estado do Rio Grande do Norte. Rev Ciênc Plural. 2015;1(3):2-13
13. Azevedo R, Azevedo FR, Ramalho RD, Goldoni PAM, Brescovit AD. Acidentes causados por aranhas e escorpiões no Estado do Ceará, Nordeste do Brasil: casos subnotificados e superestimados baseados na distribuição geográfica das espécies. Pesqui Ensino Ciênc Exatas Nat. 2017;1(2):144–58. DOI: http://dx.doi.org/10.29215/pecen.v1i2.453
14. Antunes E, Málaque CMS. Mecanismo de ação do veneno de Phoneutria e aspectos clínicos do Foneutrismo. In: Cardoso JLC, França OSF, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Jr. V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2ed. São Paulo: Sarvier, 2009; p.166-75.
15. Waldez F, Vogt RC. Aspectos ecológicos e epidemiológicos de acidentes ofídicos em comunidades ribeirinhas do baixo rio Purus, Amazonas, Brasil. Acta Amaz. 2009;39(3):681-92. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0044-59672009000300025
16. Oliveira HFA, Costa CF, Sassi R. Relatos de acidentes por animais peçonhentos e medicina popular em agricultores de Cuité, região do Curimataú, Paraíba, Brasil. Rev Bras Epidemiol. 2013;16(3):633-43. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1415-790X2013000300008
17. Moreno E, Queiroz-Andrade M, Lira-da-Silva RM. Características clínico epidemiológicas dos acidentes ofídicos em Rio Branco, Acre. Rev Soc Bras Med Trop. 2005;38(1):15-21. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822005000100004
18. Pardal PPO, Castro LC, Jennings E, Pardal JSO, Monteiro MRCC. Aspectos epidemiológicos e clínicos do escorpionismo na região de Santarém, Estado do Pará, Brasil. Rev Soc Bras Med Trop. 2003;36(3):349-53. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S0037-86822003000300006
19. Barbaro KC, Cardoso JLC. Mecanismo de ação do veneno de Loxosceles e aspectos clínicos do Loxoscelismo. In: Cardoso JLC, França OSF, Wen FH, Málaque CMS, Haddad Jr. V. Animais peçonhentos no Brasil: biologia, clínica e terapêutica dos acidentes. 2 ed. São Paulo: Sarvier, 2009; p.176-90.
20. Bernarde PS, Gomes JO. Serpentes peçonhentas e ofidismo em Cruzeiro do Sul, Alto Juruá, Estado do Acre, Brasil. Acta Amaz. 2012;42(1):65-72. http://dx.doi.org/10.1590/S0044-59672012000100008
21. Bezerra IMP, Sorpreso ICE. Concepts and movements in health promotion to guide educational practices. J Hum Growth Dev. 2016;26(1):11-20. http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.113709
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
CODE OF CONDUCT FOR JOURNAL PUBLISHERS
Publishers who are Committee on Publication Ethics members and who support COPE membership for journal editors should:
- Follow this code, and encourage the editors they work with to follow the COPE Code of Conduct for Journal Edi- tors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf)
- Ensure the editors and journals they work with are aware of what their membership of COPE provides and en- tails
- Provide reasonable practical support to editors so that they can follow the COPE Code of Conduct for Journal Editors (http://publicationethics.org/files/u2/New_Code.pdf_)
Publishers should:
- Define the relationship between publisher, editor and other parties in a contract
- Respect privacy (for example, for research participants, for authors, for peer reviewers)
- Protect intellectual property and copyright
- Foster editorial independence
Publishers should work with journal editors to:
- Set journal policies appropriately and aim to meet those policies, particularly with respect to:
– Editorial independence
– Research ethics, including confidentiality, consent, and the special requirements for human and animal research
– Authorship
– Transparency and integrity (for example, conflicts of interest, research funding, reporting standards
– Peer review and the role of the editorial team beyond that of the journal editor
– Appeals and complaints
- Communicate journal policies (for example, to authors, readers, peer reviewers)
- Review journal policies periodically, particularly with respect to new recommendations from the COPE
- Code of Conduct for Editors and the COPE Best Practice Guidelines
- Maintain the integrity of the academic record
- Assist the parties (for example, institutions, grant funders, governing bodies) responsible for the investigation of suspected research and publication misconduct and, where possible, facilitate in the resolution of these cases
- Publish corrections, clarifications, and retractions
- Publish content on a timely basis