O território do sujeito contemporâneo e a máquina do mundo (50 anos de Eros e Civilização)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1616.v13i14p209-239Palavras-chave:
Máquina do mundo, Crise do sujeito moderno, Nascimento do sujeito contemporâneo, Ciência, Tecnologia e humanidades, Estética e ética, ContradiçõesResumo
Embora seja um tema clássico no Ocidente, a mundi machina ou máquina do mundo é um signo polissêmico cujo desvelamento na atualidade tem afinidades com a teoria crítica em sua análise das novas formas de repressão da cultura de massa. O signo revelou-se promessa de fidelidade do pensamento ao ser e à verdade, mas após o século XX assumiu formas regressivas que não cessam de assolar o sujeito na política, na ciência e na razão. Representação de uma estética coletiva, a máquina do mundo pode ser compreendida por meio de uma psicanálise da cultura regida pela ciência e tecnologia. Tal empreendimento foi realizado por Herbert Marcuse na obra Eros e Civilização - uma interpretação filosófica do pensamento de Freud(1955) O presente ensaio - ao lembrar os 50 anos da publicação dessa obra - busca uma nova leitura do desafio de Marcuse, que fez certa psicanálise da grande recusa à máquina do mundo, a fim de identificar o caráter reprimido dessa recusa diante do poder destrutivo da civilização, utilizando o ensaio para expressar o princípio de contradição.Downloads
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