A Polipatria no Brasil e no Japão: comparando dimensões da nacionalidade

Autores

  • Gabriel Akira Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2022.192291

Palavras-chave:

Polipatria, Nacionalidade, Direito comparado, Direito japonês

Resumo

Polipatria é o nome que se dá à situação em que o indivíduo tem mais de uma nacionalidade, o que ocorre em razão da sobreposição de normas de diferentes Estados. Este estudo de caso comparativo se debruça sobre as diferentes maneiras de lidar com a polipatria no Brasil e no Japão, respectivamente representativos de uma abordagem mais e menos tolerante sobre a polipatria. É possível concluir que ambos os países apresentam essa diferença por representarem de modo mais genérico duas dimensões distintas da nacionalidade: uma como recurso humano e outra como garantidora da igualdade. Essas dimensões contrastantes podem fornecer pistas importantes na compreensão da nacionalidade na contemporaneidade.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Gabriel Akira, Universidade de São Paulo. Faculdade de Direito

    É graduando em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil.

Referências

AKIRA, Gabriel. A polipatria entre os nipo-brasileiros: um estudo de caso através do direito comparado. 2021. Monografia (Iniciação Científica em Direito Comparado) – Universidade de São Paulo, São Paulo, 2021.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República, 2016. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 2 jul. 2020.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Recurso Especial nº1.310.088/MG. Recurso especial. Registro civil. Nome civil. Retificação. Dupla cidadania. Adequação do nome brasileiro ao italiano. Alteração do sobrenome intermediário. Justa causa. Princípio da simetria. Razoabilidade do requerimento.Segunda Seção. Relator: Ministro Paulo de Tarso Sanseverino, 17 maio 2016. Brasília, DF: Superior Tribunal de Justiça, 2018. Disponível em: https://scon.stj.jus.br/SCON/GetInteiroTeorDoAcordao?num_registro=201200380148& dt_publicacao=19/08/2016. Acesso em: 26 fev. 2021.

DOLINGER, Jacob.; TIBURCIO, Carmen. Direito internacional privado. 15.ed. Rio de Janeiro: Forense, 2020.

EGAWA, Hidebumi; YAMADA, Ryouichi; HAYATA, Yoshirou. Kokusekihou. 3.ed. Tóquio: Yuhikaku, 1997.

HOBSBAWM, Eric. Nações e nacionalismo desde 1780: programa, mito e realidade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1990.

HOSOKAWA, Kiyoshi. Kaisei Kokusekihou no gaiyou. In: HOUMUSHOU MINJIKYOKUNAI HOUMUKENKYUUKAI. (org.). Kaisei Kokusekihou/Kosekihou no kaisetsu. Tóquio: Kin’yuu Zaisei, 1985.

JAPÃO. Houmushou. Kokuseki sentaku no todokede (Nihon kokuseki no sentaku sengen o suru baai). Tóquio, 1985. Disponível em: http://www.moj.go.jp/ONLINE/NATIONALITY/6-4-1.html. Acesso em: 2 jul. 2021.

JAPÃO. Saikou Saibansho. Heisei 25 Nen Dai 230 Gou Kokuseki Kakunin Seikyuu Jiken. Honken joukoku o kikyaku suru. Joukoku hiyou wa joukokuninra no futan to suru. Terceira Seção. Relator: Takehiko Ootani. 10 mar. 2015. Tóquio: Saikou Saibansho, 2015. Disponível em: https: //www.courts.go.jp/app/files/hanrei_jp/928/084928_hanrei.pdf. Acesso em: 7 jul. 2021.

JAPÃO. Shouwa 59 Nen 5 Gatsu 25 Nichi Houritsu Dai 45 Gou. Kokusekihou oyobi Kosekihou no Ichibu o Kaisei Suru Houritsu. Tóquio, 1984. Disponível em: https://www.shugiin.go.jp/Internet/itdb_housei.nsf/html/houritsu/10119840525045.htm. Acesso em: 1 abr. 2021.

KANG, Sang-jung. Orientarizumu no kanata e: kindai bunka hihan. Tóquio: Iwanami,1996.

KOKUSAIKEKKON O KANGAERU KAI. Nijuukokuseki. Tóquio: Jiji Tsuushinsha, 1991.

KONDO, Hironori. Kokusekihou no yomikata, kangaekata. In: KOKUSEKIMONDAI KENKYUUKAI. (org.). Nijuukokuseki to Nippon. Tóquio: Chikuma Shinsho, 2019.

LESSER, Jeffrey. A invenção da brasilidade: identidade nacional, etnicidade e políticas de imigração. São Paulo: Editora Unesp, 2015.

MORIKI, Kazumi. Kokuseki no arika: boodaaresu jidai no jinken to wa. Tóquio: Akashi Shoten, 1995.

NINOMIYA, Masato. Kokusekihou ni okeru danjobyoudou: hikakuhouteki ikkousatsu. Tóquio: Yuhikaku, 1983.

OGUMA, Eiji. Tan’itsuminzokushinwa no kigen: “nihonjin” no jigazou no keifu. Tóquio: Shin’yousha, 1995.

OGUMA, Eiji. “Nihonjin” no kyoukai: Okinawa, Ainu, Taiwan, Chousen. Shokuminchi shihai kara fukki undou made. Tóquio: Shin’yousha, 1998.

ONUMA, Yasuaki. Direito internacional em perspectiva transcivilizacional: questionamento da estrutura cognitiva predominante no emergente mundo multipolar e multicivilizacional do século XXI. Belo Horizonte: Arraes, 2016.

SANTOS, Yumi Garcia dos. As mulheres em tempos de crise: “situação fronteira” das mães chefes de família monoparental no Japão. Japão e catástrofes: para refletir sobre o Japão frente às adversidades, em tempos de pandemia do coronavírus. São Paulo,2020. Disponível em: https://fjsp.org.br/estudos-japoneses/artigo/serie-especial-de-ensaios-as-mulheres-em-tempos-de-crise/. Acesso em: 27 out. 2020.

TATEDA, Akiko. Kokuseki o meguru sekai no chouryuu. In: KOKUSEKIMONDAI KENKYUUKAI. (org.). Nijuukokuseki to Nippon. Tóquio: Chikuma Shinsho, 2019.

Downloads

Publicado

20-04-2023

Edição

Seção

Academia

Como Citar

Akira, G. (2023). A Polipatria no Brasil e no Japão: comparando dimensões da nacionalidade. Humanidades Em diálogo, 12, 69-81. https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2022.192291