Considerações sobre a crítica de Blaise Pascal à filosofia moderna do século XVII
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2021.158759Palavras-chave:
Pascal, Descartes, Razão, Filosofia ModernaResumo
O artigo desenvolvido pretende apresentar Blaise Pascal como antípoda do projeto racionalista de modernidade do século XVII (cujo filósofo emblemático é René Descartes). Ao apontar os limites da razão humana, Pascal contrapõe-se ao otimismo racionalista da sua época, cujo projeto reside em levar o homem, somente via razão, ao conhecimento claro e evidente do mundo. Neste sentido, debruçamo-nos sobre sua refinada obra — Pensamentos —, na qual Pascal posiciona-se de modo a compreender a razão humana como não capaz de afirmar algo de essencial ou verdadeiro, podendo o homem, tão somente, perceber alguma aparência das coisas. Ao cabo, a filosofia pascaliana procura indicar que a proposta de esclarecer o mundo através da racionalidade (supostamente) onipotente revela-se, na verdade, como um modo de escamotear a insuficiência humana.
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