Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2021.158730Resumo
A cidade mais próxima é Jucati. A estrada que leva até lá é de terra, mas as diferenças do solo nordestino fazem com seja mais preciso se a gente falar que a terra é de areia. A paisagem é de poucas cores: o branco do chão refletindo a luz do sol, um pouco de verde das pequenas e das grandes plantações de mandioca que crescem devagar e um céu de azul e branco infinitos. O vento é constante e às vezes, cortante: apazigua a dor do calor. O som ao redor é quieto: qualquer barulho se faz percebido e se este barulho for um mais incomum, levanta dúvidas. Visita chega em casa sem aviso e isso ocorre todo dia. Não chega a ser incômodo, é o momento para se pôr a par as coisas da vida. De noite, o breu toma conta, a luz é rara, o céu brilha. De dia o tempo passa fazendo-se comida e alimentando os animais: tira-se mato do terreno, tira-se vagem do terreno vizinho. A chuva é pouca, a água é pouca, muita é a sua espera. Mares de plantações e a esperança de plantadoras e plantadores ficam no aguardo dessas águas.
Os locais das fotos rondam a casa de minha avó, localizada na zona rural da cidade de Jucati, interior de Pernambuco. A viagem foi realizada entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019.
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