Rupturas e permanências: o Projeto UNESCO em São Paulo e no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1982-7547.hd.2013.106243Palavras-chave:
Projeto UNESCO – modernização – preconceito de corResumo
Partindo de uma leitura das pesquisas sobre as relações raciais no Brasil, financiadas pela UNESCO no início da década de 1950, este trabalho procura mostrar como Florestan Fernandes (1920-1995), Roger Bastide (1898-1974) e Luiz de Aguiar Costa Pinto (1920-2002) desconstruíram a noção de relativa ausência de conflito racial no país, tomando como base para seus estudos as zonas de modernização capitalista, isto é, o eixo São Paulo-Rio de Janeiro.
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