Epistemologia exúlica e audiovisibilidade na pandemia de 2020: escrevivências e gestos em imagens nas plataformas digitais
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2525-3123.gis.2022.185778Palavras-chave:
Escrevivência, Epistemologia exúlica, Audiovisuabilidade, Pandemia, Etnografia digitalResumo
Partindo da escrevivência, de Conceição Evaristo e da epistemologia exúlica, proposta por Reis Neto, analisamos duas produções audiovisuais vinculadas às religiões afrodescendentes: "Negras Vozes: Tempos de Alakan", dirigido por Beto Brant e "AmarElo: É tudo para ontem", dirigido por Fred Ouro Preto. Ambas as produções de 2020 emergiram em meio à pandemia da Covid-19. O objetivo do artigo é refletir sobre as possibilidades de fruição estética que emergiram frente à impossibilidade do contato presencial. Imagem e som se fizeram presentes diante do vídeo e as comunidades se apropriaram desse movimento. Diferentes modelos de partilha do sensível foram experimentados nesta proposta de etnografia digital em liminaridades criativas.
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