O que se transmite no processo de ensino educacional? Interlocuções entre a psicanálise e a educação no ensino superior
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i3p596-615Palavras-chave:
Ensino, Transmissão, Psicanálise, Educação, Professor, AlunoResumo
Este estudo se insere em um grande eixo que busca descrever as condições subjetivas fundamentais para que haja qualquer educação. Por meio da psicanálise, tomou-se os conceitos de ensino e transmissão como operadores para compreender questões subjacentes aos processos de educar. Para tanto, realizou-se grupos focais com professores e alunos do ensino superior. Analisou-se os dados por meio da Análise de Similitude, possibilitada pelo IRaMuTeQ. Mostra-se que a transmissão, no contexto educacional, é marcada por encontros evanescentes e imprevisíveis entre alunos e professores, sujeitos em trânsito. Cabe a cada sujeito encontrar o modo mais singular de fazer algo com os saberes transmitidos, reescrevendo-os em letra própria e constituírem seu estilo.
Downloads
Referências
Abrão, J. L. (2006). As influências da psicanálise na educação brasileira no início do século XX. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22(2), 233-239. https://dx.doi.org/10.1590/S0102-37722006000200013
Baianos, N. (1972). Mistério do Planeta. Acabou o chorare. Som Livre.
Broide, E. E (2017). A supervisão como interrogante da práxis analítica: desejo de analista e a transmissão da psicanálise. São Paulo: Escuta.
Camargo, B. V., & Justo, A. M. (2013). IRAMUTEQ: um software gratuito para análisede dados textuais. Temas em Psicologia, 21(2), 513-518. https://dx.doi.org/10.9788/TP2013.2-16
Davis, E., & Sandman, C. (2010). The timing of prenatal exposure to maternal cortisol and psychosocial stress is associated with human infant cognitive development. Child Development, 81(1), 131-148. https://doi.org/10.1111/j.1467-8624.2009.01385.x
Ferreira, T. (2001). Freud e o ato do ensino. In Lopes, E. (Org.), A psicanálise escuta a educação (pp. 107-149). Belo Horizonte: Autêntica.
Figueiredo, L. C., & Minerbo, M. (2006). Pesquisa em psicanálise: algumas idéias e um exemplo. Jornal de Psicanálise, 39(70), 257-278. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/jp/v39n70/v39n70a17.pdf
Filloux, J-C. (1997). Psicanálise e educação, pontos de referência. Estilos da Clínica, 2(2), 8-17. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/estic/v2n2/02.pdf
Filloux, J. (2002). Sobre o conceito de transferência no campo pedagógico. Estilos da Clínica, 7(13), 42-77. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-71282002000200005&lng=pt&tlng=pt
Fink, B. (2017). Fundamentos da técnica psicanalítica: uma abordagem lacaniana para praticantes. São Paulo: Blucher.
Freud, S. (1996). Uma dificuldade no caminho da psicanálise. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 17, pp. 145-153). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1917).
Freud, S. (2006a). Prefácio a Juventude Desorientada, de Aichhorn. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 19, pp. 310-314). Rio de Janeiro: Imago, 2006. (Originalmente publicado em 1925).
Freud, S. (2006b). Sobre a transitoriedade. In Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud (Vol. 14, pp. 345-348). Rio de Janeiro: Imago. (Originalmente publicado em 1916).
Freud, S. (2010). O inconsciente. In Introdução ao narcisismo: ensaios de metapsicologia e outros textos (1914-1916) (pp. 99-150). São Paulo: Companhia das Letras. (Originalmente publicado em 1915).
Freud, S. (2020). A moral sexual “cultural” e a doença moderna. In Obras incompletas de Sigmund Freud: o mal-estar na cultura e outros escritos (pp. 65-98). Belo Horizonte: Autêntica. (Originalmente publicado em 1908).
Freud, S. (2017). Sobre a dinâmica da transferência In Obras incompletas de Sigmund Freud: fundamentos da clínica psicanalítica (pp. 107-120). Belo Horizonte: Autêntica. (Originalmente publicado em 1912).
Freud, S. (2017). A análise finita e infinita. In Obras incompletas de Sigmund Freud: fundamentos da clínica psicanalítica (pp. 315-364). Belo Horizonte: Autêntica. (Originalmente publicado em 1937).
Kupfer, M. C. (2010). O sujeito na psicanálise e na educação: bases para a educação terapêutica. Educação & Realidade, 35(1), 265-282. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/9371/5412
Kupfer, M. C. (1988). Freud e a educação o mestre do impossível. São Paulo: Scipione Editora.
Kupfer, M. C. (2000). Educação para o futuro. São Paulo: Escuta.
Lacan, J. (1998a). Subversão do sujeito e dialética do desejo. In Escritos (pp. 807-842). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Originalmente publicado em 1960).
Lacan, J. (1998b). O tempo lógico e a asserção de certeza antecipada. In: Escritos (pp. 197-213). Rio de Janeiro: Zahar. (Originalmente publicado em 1945).
Lacan, J. (2008). Seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise, 1964. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Originalmente publicado em 1964).
Lajonquière, L. A infância, a escola e os adultos. In Anais do 6º Colóquio do LEPSI IP/FE-USP. Recuperado de http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=MSC0000000032006000100003&lng=es&nrm=iso
Mezan, R (2002). Interfaces da psicanálise. São Paulo: Companhia das Letras.
Millot, C. (1987). Freud Antipedagogo. Rio de Janeiro: Zahar.
Monteiro, E. A. (2013). Educar: da alteridade ao estilo. Educação & Realidade, 38(2), 471-484. https://doi.org/10.1590/S2175-62362013000200007
Morgado, M. A. (2011). Autoridade e sedução na relação pedagógica. Psicologia da Educação, (32), 113-130. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-69752011000100007&lng=pt&tlng=pt
Pereira, M. R., Silveira, W. H. (2015). Análise do estado da arte em psicanálise e educação no Brasil (1987- 2012). Estilos da Clínica, 20(3), 369-390. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v20i3p369-390
Pereira, M. R. (2014). O que quer uma professora?. Educação & Realidade, (39)1, 181-199. https://doi.org/10.1590/S2175-62362014000100011
Pereira, M. P. (2017). Algumas contribuições da psicanálise à psicopedagogia: a transferência na relação professor-aluno Boletim de Psicologia, 67(146), 25-36. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bolpsi/v67n146/v67n146a04.pdf
Ribeiro, M. V., & Neves, M. M. B. (2006). A educação e a psicanálise: um encontro possível. Psicologia: Teoria e Prática, 8(2), 112-122. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/ptp/v8n2/v8n2a08.pdf
Ribeiro, M. P. (2014). Contribuição da psicanálise para a educação: a transferência na relação professor/aluno. Psicologia da Educação (39), 23-30. Recuperado de http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psie/n39/n39a03.pdf
Voltolini, R. (2011). Educação e psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar.
Westphal, F., Bógus, C., & Faria, M. (1996). Grupos focais: experiências precursoras em programas educativos em saúde no Brasil. Boletín de la Oficina Sanitaria Panamericana, 120(6), 472-82. Recuperado de https://iris.paho.org/bitstream/handle/10665.2/15464/v120n6p472.pdf?sequence=1
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Bárbara Thomes Vargas, Iagor Brum Leitão, Karlos Pedro Calvi Gussão

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
O envio dos manuscritos deverá ser acompanhado de Carta à Comissão Executiva solicitando a publicação. Na carta, o(s) autor(es) deve(m) informar eventuais conflitos de interesse - profissionais, financeiros e benefícios diretos ou indiretos - que possam vir a influenciar os resultados da pesquisa. Devem, ainda, revelar as fontes de financiamento envolvidas no trabalho, bem como garantir a privacidade e o anonimato das pessoas envolvidas. Portanto, o(s) autor(es) deve(m) informar os procedimentos da aprovação da pesquisa pelo Comitê de Ética da instituição do(s) pesquisador(es) com o número do parecer.
O material deve ser acompanhado também de uma Declaração de Direito Autoral assinada por todo(s) o(s) autor(es) atestando o ineditismo do trabalho, conforme o seguinte modelo:
Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.