Notas sobre o fazer de uma psicóloga escolar na pandemia

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p17-28

Palavras-chave:

Pandemia, Mal-estar, Psicólogo escolar

Resumo

Sabemos que o ato de educar é uma prática social discursiva, imergindo a criança na linguagem e a tornando capaz de fazer laço social. Entretanto, o ensino a  distância (EAD) impôs-se como realidade atual. Como consequência, as restrições sociais e esse novo modo de estar na escola impactaram a saúde mental de alunos, de pais e de professores, e o psicólogo escolar foi convidado a ajudar na construção de formas possíveis de atravessamento do mal-estar. Este artigo, portanto, propõe reflexões acerca do meu trabalho como psicóloga escolar de orientação psicanalítica. Atuando em uma escola particular, durante uma pandemia que afastou os alunos da escola, defendo que a escola seja um “lugar de vida” (Kupfer, 2010), constituindo-se como palco de construção de sentidos para experiências prazerosas e desafiadoras.

 

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Carolina Apolinário de Souza, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
    Psicóloga escolar. Doutora em Estudos da Linguagem pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

Referências

Bezerra, F. L. L. e Moreira, W. W. (2013). Corpo e educação: o estado da arte sobre o corpo no processo de ensino aprendizagem. Revista Encontro de Pesquisa em Educação. Uberaba, 1(1), (61-75). Recuperado de http://revistas.uniube.br/index.php/anais/article/view/699/996

Birman, J. (2001)Mal-estar na atualidade: a psicanálise e as novas formas de subjetivação. 3. ed. Rio de Janeiro, RJ: Civilização Brasileira.

Birman, J. (2012). O sujeito na contemporaneidade: espaço, dor e desalento na atualidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Brun, D. (2007). L'inquiétante étrangeté du corps. Les Cahiers du Centre George Canguilhem. Editora Universitária da França, 1(1), 113-122. Recuperado de https://www.cairn.info/revue-les-cahiers-du-centre-georges-canguilhem-2007-1-page-113.htm

Cardoso, M. R. (2007). A impossível “perda” do outro nos estados limites: explorando as noções de limite e alteridade. In: Psicologia em Revista, Belo Horizonte, 13(2), 325-338. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/per/v13n2/v13n2a08.pdf.

Carneiro, C. (2002). Produção científica: Dissertações e teses UFRJ. (Tese de doutorado, Instituto de Psicologia, Universidade Federal do Rio de Janeiro).

Carneiro, C. (2016). Quem é o outro, o diferente? Reflexões sobre psicanálise e educação. Revista Educação Especial, 29(55), 351-360, Universidade Federal de Santa Maria. doi: https://doi.org/10.5902/1984686X15286.

Chemama, R. (1995). Dicionário de psicanálise. Porto Alegre, RS: Artes Médicas Sul.

Cherix, K. (2015). Corpo e envelhecimento: uma perspectiva psicanalítica. Rev. SBPH, 18 (1), 39-51. Recuperado de: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/rsbph/v18n1/v18n1a03.pdf

Coutinho, L. G., Carneiro, C.e Salgueiro, L. M. (2018). Vozes de crianças e adolescentes: o que dizem da escola? Psicologia Escolar e Educacional , 22 (1), 185-193. Recuperado de http://dx.doi.org/10.1590/2175-35392018014739

Dolto, F. & Nasio, J. D. (2008). A criança de espelho. Rio de Janeiro, RJ: Jorge Zahar.

Fernández, A. (1991). A inteligência aprisionada. Porto Alegre, RS: Artmed.

Freud, S. (1987). Três ensaios sobre a teoria da sexualidade. In S. Freud, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.(J. Salomão, trad., Vol.7, pp. 123-252). Rio de Janeiro: Imago. (Trabalho original publicado em 1905).

Freud, S. (1976). A dinâmica da transferência. In S. Freud, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.(J. Salomão, trad., Vol.12, pp. 129- 143). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1912).

Freud. S. (1987). Uma dificuldade no caminho da psicanálise. In S. Freud, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. (J. Salomão, trad., Vol. 17, pp. 169-179). Rio de Janeiro: Imago,1987. (Trabalho original publicado em 1917).

Freud. S. (1987). O estranho. In S. Freud, Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. (J. Salomão, trad., Vol. 17, pp. 273-314). Rio de Janeiro, RJ: Imago. (Trabalho original publicado em 1919).

Jameson, F. (1991). Pós-Modernismo - a lógica cultural do capitalismo tardio. São Paulo, SP: Ática.

Lebrun, J. P. (2008). A perversão comum: viver juntos sem outro. Rio de Janeiro, RJ: Companhia de Freud.

Lima, N. L. (2020). Eu não sei se o professor está me olhando: o olhar e a tela. Desidades - Revista eletrônica de divulgação científica da infância e juventude, 28, 13-25. Recuperado de: https://revistas.ufrj.br/index.php/desidades/article/view/40381.

Reis, J. (2020). Palavras para lá da pandemia: cem lados de uma crise. Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Recuperado de: https://ces.uc.pt/publicacoes/palavras-pandemia/

Rushkoff, D. (1999). Um jogo chamado futuro– como a cultura dos garotos pode nos ensinar aviver na era do caos. Rio de Janeiro, RJ: Revan.

Scherer, L. C. B. (2014). Produção científica: Dissertações e teses da UFRGS, Repositório Digital Lume (Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Recuperado de: www.lume.ufrgs.br/handle/10183/106495.

Soja, E. W. (1993). Geografias Pós-Modernas - a reconfiguração do espaço na teoria social crítica. Rio de Janeiro, RJ: Zahar.

Virilio, P. (1993). O espaço crítico. Rio de Janeiro, RJ: Editora 34.

Voltolini, R. (2008). A relação professor-aluno não existe: corpo e imagem, presença e distância. ETD - Educação Temática Digital. Universidade Estadual de Campinas, 8, 119–139. Doi: https://doi.org/10.20396/etd.v8i0.695.

Downloads

Publicado

2021-04-29

Como Citar

Souza, C. A. de. (2021). Notas sobre o fazer de uma psicóloga escolar na pandemia . Estilos Da Clinica, 26(1), 17-28. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v26i1p17-28