Labor e libido: Processos imperiais de valoração em uma paisagem spinozista
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.225146Palavras-chave:
Desejo, Império, Prazer, Superstição, Trabalho, ValorResumo
Neste artigo, operamos metodologicamente dentro de uma paisagem mental spinozista, isto é, a partir das ideias de Spinoza, mas provocadas por ideias de outros pensadores. Nossa reflexão parte do questionamento da fórmula latina, retomada por Spinoza, segundo a qual os humanos tendem a fugir do labor para se entregar à libido. Nossa intenção é mostrar que essa tendência não é absoluta, mas relativa aos processos de valoração que, a partir do desejo, se estabelecem como experiência coletiva. Para tanto, investigamos os conceitos de império e de libido. E, com base nisso, buscamos compreender a oposição entre vida laboriosa e vida libidinosa, existente nos impérios capitalistas de tipo clássico-comercial e moderno-industrial, e sua surpreendente composição no império capitalista de tipo contemporâneo-neoliberal.
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