Servidão e organizações: Uma aproximação de Espinosa dos estudos organizacionais críticos
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2024.221415Palabras clave:
Crítica organizacional, Espinosa, Estudos organizacionais, Liberdade, ServidãoResumen
O objetivo deste artigo é o de aproximar o pensamento espinosano dos estudos organizacionais críticos, tendo como fio condutor a servidão nas organizações. Para tanto, analisamos o pensamento de Espinosa e discutimos o entrelaçamento de sua ontologia e de sua abordagem política para se compreender temas caros aos estudos críticos, como a liberdade e a servidão. O artigo, além de problematizar o voluntário do oximoro da servidão voluntária, realiza uma ancoragem no pensamento espinosano para compreender criticamente a relação indivíduo-empresa nas organizações contemporâneas, configurando-se como resistência à dominação e ao totalitarismo do modelo neoliberal.
Descargas
Referencias
Abensour, M. (2015). “Spinoza et l’épineuse question de la servitude volontaire”. Astérion, 13, 1-17. doi: https:doi.org/10.4000/asterion.2594.
Aguiar, Thais Florencio. (2006). Servidão e obediência no pensamento político de Spinoza. Dissertação de mestrado. Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro.
Aurélio, D. (2009). “Introdução”. In: Espinosa, B. Tratado político. São Paulo: Ed. Martins Fontes.
Bartuschat, W. (2010). Espinosa. Porto Alegre: Artmed.
Bove, L. (2010). Espinosa e a psicologia social: ensaios de ontologia política e antropogênese. Belo Horizonte: Autêntica.
Bove, L. (2012). “Réponse de Laurent Bove. Visentin, Stefano. ‘Volonté d’être esclave et désir d’être libre’ ”. In: Spinoza transalpin, édité par Chantal Jaquet et Pierre-François Moreau, traduit par Laurent Bove, 86 Cadernos Espinosanos São Paulo n.51 jul-dez 2024
Paris: Éditions de la Sorbonne https://doi.org/10.4000/books.psorbonne. 271
Brunel, V. (2016). Les managers de l`âme. Le développement personnel en entreprise, nouvelle pratique de pouvoir ? Paris: La Découverte.
Chaui, M. (2013). Contra a servidão voluntária. Organizador Homero Santiago. Belo Horizonte: Autêntica; São Paulo: Editora Perseu Abramo.
________. (2011). Desejo, paixão e ação na ética de Espinosa. São Paulo: Companhia das Letras.
Clastres, P. (1999). “Liberdade, mau encontro, inominável”. In: La Boétie, E. Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Editora Brasiliense.
Deleuze, G. (2002). Espinosa: filosofia prática. São Paulo: Escuta.
Dowling, E. (2007). “Producing the dining experience: measure, subjectivity and the affective worker”. Ephemera: theory and politics in organization. Volume 7(1): 117-132.
Enriquez, E. (1997). A organização em análise. Petrópolis: Vozes.
_________. (2013). “L’idéal type de l’individu hypermoderne: l’individu pervers?” In: Aubert, N. L’individu hypermoderne. Toulouse: Érès, p. 39-58
_________. (2000). “O indivíduo preso na armadilha da estrutura estratégica”. In: Motta, F. e Freitas, M. Vida psíquica e organização. Rio de
Janeiro: Editora FGV.
Espinosa, B. (2009). Ética. Belo Horizonte: Autêntica.
_________. (2014). Tratado Teológico-Político. São Paulo: Perspectiva.
Faria, J. H.; Meneghetti, F. (2007). Sequestro da subjetividade. In: Faria, J.H.; Meneghetti, F. Análise crítica das teorias e práticas
organizacionais. São Paulo: Atlas.
Gainza, M. (2011). Espinosa: uma filosofia materialista do infinito positivo. São Paulo: Edusp.
Gaulejac, V. (2014). Travail, les raisons de la colère. Paris: Seuil.
Hjorth, D. & Holt, R. (2014). “Baruch Spinoza”. In: Helin, J.; Hernes, T.; Hjorth, D.; Holt, R. The Oxford handbook of process philosophy and organization studies. Oxford: Oxford University Press.
Klikauer, T. (2016). “Spinoza and Marx on desire and management”. The Marcus Vinicius Soares Siqueira p. 61 - 87 87 Journal of Labor and Society, 19, 553-561. doi: https//doi.org/10.1111/ wusa.12260
La Boétie, E. (1999). Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Editora Brasiliense.
Lefort, C. (1999). “O nome de um”. In: La Boétie, E. Discurso da servidão voluntária. São Paulo: Editora Brasiliense.
Linhart, D. (2021). L’insoutenable subordination des salariés. Paris: Éditions Érès.
Lordon, F. (2010). Capitalisme, désir et servitude: Marx et Spinoza. Paris: La fabrique éditions.
Mariscal, V. (2022). “Des usages néolibéraux de Spinoza: les cas du développement personnel et de la philosophie du management”. Astérion, 27, 1-16. doi: https://doi.org/10.4000/asterion.8745.
Morais, M. (2022). Dos fundamentos do desejo à construção da servidão: um estudo da filosofia política de Espinosa. (Dissertação de Mestrado). Universidade de São Paulo, Brasil.
Motta, F. (1986). Organização e poder. São Paulo: Atlas.
Negri, A. (2016). Espinosa Subversivo e outros escritos. Belo Horizonte: Autêntica Editora.
Pagès, M. et al. (1993). O poder das organizações. São Paulo: Atlas.
Santiago, H. (2019). Entre servidão e liberdade. São Paulo: Editora Filosófica Politéia.
Tahnen, T. and Wallenberg, L. (2015). “What can bodies do? Readings Spinoza for an affective ethics of organizational life”. In: Organization, 22(02), 235-250. doi: 10.1177/1350508414558725.
Tragtenberg, M. (2005). Administração, poder e ideologia. São Paulo: Editora Unesp.
Visentin, S. (2012). “Volonté d’être esclave et désir d’être libre: Ambivalence de la multitude chez Spinoza”. In: Spinoza transalpin. Édité par Chantal Jaquet et Pierre-François Moreau, traduit par Laurent Bove, Éditions de la Sorbonne https://doi.org/10.4000/books.psorbonne.271.
Weber, H. (2005). Du Ketchup dans les veines: Pourquoi les employés adhèrent-ils à l’organisation chez McDonald›s? Toulouse: Érès, 2005.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2024 Marcus Vinicius Siqueira

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
b. Authors are authorized to take on additional contracts separately, to non-exclusive distribution of the article published in this journal (ex.: to publish in institutional repository or as part of a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.