A PRODUÇÃO DA ORDEM COMUM DA NATUREZA ATRAVÉS DA IMAGINAÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2020.162016Palavras-chave:
Espinosa, Ordem necessária, Ordem comum, Imaginação, Razão, TempoResumo
Espinosa distingue duas ordens de conhecimento: uma ordem concebida pelo intelecto, isto é, a ordem necessária da natureza e uma outra ordem, concebida pela imaginação, isto é, a ordem comum da natureza, na qual habitam o contingente e o possível. Entretanto, a ordem comum não é apenas uma privação de conhecimento, mas também realidade para o modo finito. Pelo fato de não podermos excluir a existência da ordem comum, este trabalho tenta compreender como podemos conciliá-la com a ordem necessária. A crítica de Espinosa em relação à imaginação é que ela introduz a fragmentação e a descontinuidade na Natureza, já que é um gênero de conhecimento que não percebe a base desta continuidade: a ordem necessária. Através de uma análise sobre o tempo como um produto da imaginação, tentaremos mostrar como ele introduz a ideia de contingência e consequentemente a de possível. Da mesma maneira que o tempo, a ordem comum pode ser apreendida pela razão como uma moldura exterior, ela não será mais um obstáculo ao encadeamento necessário das coisas na ordem necessária. É através da ordem necessária que podemos perceber a necessidade que subjaz a produção do tempo, do possível e da contingência como corruptibilidade de todas as coisas particulares.
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