LOCKE E O DIREITO DOS POBRES
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9012.espinosa.2018.144131Palavras-chave:
Caridade, direito dos pobres, Locke, moral, propriedadeResumo
A Inglaterra vivida por Locke é marcada, contraditoriamente, pelo crescimento da pobreza num cenário de prosperidade econômica. Esta situação fez com que o Estado investisse em políticas assistenciais, fato observado por ele com certa ressalva, já que o filósofo inglês diagnosticou que a pobreza é fruto da degeneração moral que marcava uma parcela da sociedade. Entretanto, sabe-se que o conceito lockeano de propriedade garante o direito à vida como natural a todos, direito garantindo mesmo após a passagem para a sociedade contratual. Esta situação o conduz a refletir sobre o direito dos pobres, particularmente no intitulado Ensaio sobre a lei assistencial. Tendo como cerne o conceito de caridade, o objetivo deste texto é expor a reflexão que Locke desenvolve em torno do direito dos pobres.Downloads
Referências
BAILLON, J.F. 2005. Une philosophie de l’éducation: John Locke, Some thougths concerning education (1693). Domont-FRA: Dupli-Print.
BOBBIO, N. 2004. A Era dos direitos. Tradução Carlos Nelson Coutinho. Rio de Janeiro: Elsevier.
CERQUEIRA, H.E.A.G. Trabalho e política: Locke e o discurso econômico. In.: Revista de Economia Política, v. 22, n.01, p.150-169, Belo Horizonte, 2002.
EBY, F. 1978. História da educação moderna. Rio de Janeiro: Globo.
LOCKE, J. 1973. Cartas sobre a tolerância. Tradução Anoar Aiex e E. Jacy Monteiro. São Paulo: Abril Cultural.
______. 2001. Dois tratados sobre o governo. Tradução Júlio Fischer. São Paulo: Martins Fontes.
______. 2007a. Ensaio sobre a lei assistencial. In.: Ensaios políticos. Organizado por Mark Goldie. Tradução Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes. p.226-246.
______. 1999. Ensaio sobre o entendimento humano. Tradução de Gualter Cunha e Ana Luísa Amaral. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.
______. 2007b. Ensaios políticos. Organizado por Mark Goldie. Tradução Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fontes.
______. 2007c. Venditio. In.: Ensaios políticos. Organizado por Mark Goldie. Tradução Eunice Ostrensky. São Paulo: Martins Fonte. p.423-428.
HILL, C. 2003. A Bíblia inglesa e as revoluções do século XVII. Tradução de Cynthia Marques. Rio de Janeiro: Civilização brasileira.
______. 2012. O século das revoluções (1603). São Paulo: EdUNESP.
HUME, 2015. D. História da Inglaterra. Tradução de Pedro Paulo Pimenta. São Paulo: EdUNESP.
MACPHERSON, C.B. 1979. A teoria política do individualismo possessivo de Hobbes até Locke. Tradução de Nelson Dantas. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
NASCIMENTO, C.L.L. 2015. Ciência e religião nos escritos educacionais de John Locke: a formação moral da criança. Campinas. 182 páginas. Tese (doutorado). Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação.
SAHD, L.F.N.A.S. Considerações sobre o fundamento moral da propriedade. In.: Revista Kriterion, Belo Horizonte, n.115, p. 219-234, 2007.
SANTOS, A.C. John Locke e o argumento da economia para a tolerância. In. Revista Trans/Form/Ação, Marília, v.36, n.01, p.09-24, 2013.
UDI, J. Justicia versus caridad en la teoria de la propiedad de Locke. In. Revista Latinoamericana de Filosofía, Buenos Aires, v.38, n.01, p.65-84, 2012a.
______. Propiedad lockeana, pobreza extrema y caridad. In. Revista de Estudios Políticos, Madrid, n.157, p.165-188, 2012b.
WEBER, M. 2004. A ética protestante e o espírito do capitalismo. Tradução José Marcos de Macedo. São Paulo: Companhia das Letras.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Authors who publish in this journal agree to the following terms:
b. Authors are authorized to take on additional contracts separately, to non-exclusive distribution of the article published in this journal (ex.: to publish in institutional repository or as part of a book), with an acknowledgment of its initial publication in this journal.
