Rayuela no horizonte do não interpretável

Autores

  • Amanda Luzia da Silva Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2447-9748.v2i1p107-127

Palavras-chave:

Rayuela, Julio Cortázar, Posição do leitor

Resumo

Desde os anos sessenta, o romance Rayuela (1963), de Julio Cortázar, foi lido muitas maneiras diferentes. Assistimos, durante os primeiros anos após a sua publicação, a uma série de leituras e análises elogiosas dedicadas ao livro, porém, anos mais tarde, o cenário se transforma e o que antes era celebrado como renovação e ruptura estética passa a ser considerado como ultrapassado. O texto incomoda e, para muitos de seus antigos leitores, a impressão que fica é de que se tenha tornado o livro ilegível. Por isso, propomos, neste trabalho, uma releitura de Rayuela tomando como eixo condutor justamente aquilo que, ao nosso ver, parece ser a causa desse incômodo, isto é, aquilo que escapa à interpretação. 

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Biografia do Autor

  • Amanda Luzia da Silva, Universidade de São Paulo

    Graduada em Letras pela Universidade Federal de São Carlos e aluna do programa de pós-graduação em Língua espanhola e literaturas espanhola e hispano-americana do Departamento de Letras Modernas da Universidade de São Paulo. Desenvolveu uma pesquisa de mestrado sobre a posição do leitor no romance Rayuela (1963), de Julio Cortázar.

Referências

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Publicado

2017-08-25

Edição

Seção

Anais das Jornadas

Como Citar

Rayuela no horizonte do não interpretável. (2017). Revista Entrecaminos, 2(1), 107-127. https://doi.org/10.11606/issn.2447-9748.v2i1p107-127