A escrita como cena substitutiva da Pólis: memória, silêncio e testemunho em Salinas Fortes

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3397.018

Palabras clave:

Memória, Silêncio, Testemunho, Tortura, Ditadura

Resumen

A narrativa de memórias pode ser o espaço de articulação entre as vivências do sujeito e o movimento da coletividade. Os dois níveis se sobrepõem especialmente no relato pessoal de eventos históricos traumáticos. A escrita assumiria nesse caso a função de cena substitutiva da pólis. É o caso do livro Retrato calado, de Luiz Roberto Salinas Fortes. Nessa obra sobressaem a articulação de elementos autobiográficos, busca e desencontro de si e testemunho das prisões que enfrentou por motivos políticos durante a ditadura militar brasileira. A tortura física e psicológica que sofreu projeta as suas sombras em todas as páginas, de que resulta a impossibilidade de uma escrita confessional completa e bem-sucedida, seja no plano autobiográfico, seja no político.

Descargas

Los datos de descarga aún no están disponibles.

Publicado

2019-12-13

Número

Sección

Literatura

Cómo citar

Costa, G. G. da. (2019). A escrita como cena substitutiva da Pólis: memória, silêncio e testemunho em Salinas Fortes. Estudos Avançados, 33(97), 331-345. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2019.3397.018