As mulheres no pensamento de Hume: uma reconsideração
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2024.230763Palavras-chave:
Hume, mulheres, galanteria, sociabilidade, moralResumo
Examinarei a maneira como as mulheres são representadas na obra de David Hume. Inicialmente, empreenderei uma comparação entre ensaios como “Of Essay Writing” e “Of the Study of History” e outros textos do período, mostrando que Hume se refere às mulheres de maneira bastante próxima das concepções sexistas da época. Em seguida, mostrarei que o modelo de polidez defendido pelo autor, influenciado pelas noções de galanteria, relega as mulheres a uma condição inferior. Finalmente, mostrarei que o sexismo expressado pelo autor não decorre necessariamente de sua filosofia, cujos princípios mais abstratos podem, aliás, colaborar para discussões contemporâneas sobre gênero.Downloads
Referências
Addison, Joseph (2023). The Spectator. Disponível em https://www.gutenberg.org/cache/epub/12030/pg12030-images.html
Baier, Annette (1979). “Good Men’s Women: Hume on Chastity and Trust”. Hume Studies, 5(1), pp. 1-19.
Baier, Annette (2000). “Hume: The Reflective Women’s Epistemologist?”. In Anne Jaap Jacobson (org.), Feminist Interpretations of David Hume, University Park, The Pennsylvania State University Press.
Balieiro, Marcos (2020). “Corpos celestes, misturas terrenas: mulheres, sociabili-dade e filosofia em David Hume”. Cadernos de Ética e Filosofia Política, 36, pp. 37-48.
Balieiro, Marcos (2017). “Apresentação”. In Hume, David, “Um Ensaio Histórico sobre a Cavalaria e a Honra dos Modernos”, Prometeus, 10(23), pp. 151-155.
Battersby, Christine (1981). “An Enquiry concerning the Humean Woman”. Phi-losophy, 56(217), pp. 303-312.
Burns, Steven (1976). “The Humean Female”. Dialogue, 15(3), pp. 415-424.
Deleuze, Gilles (2001). Empirismo e Subjetividade. São Paulo: Editora 34.
Green, Karen (2014). A History of Women’s Political Thought in Europe, 1700-1800. Cambridge: Cambridge University Press.
Gregory, John (2022). “O Legado de um Pai para suas Filhas”. Prometeus, 14(40), pp. 223-257.
Guimarães, Lívia (2004). “The Gallant and the Philosopher”. Hume Studies, 30(1), pp. 127-148.
Guimarães, Lívia (2012). “Hume e o feminismo”. Controvérsia, 8(1), pp. 56-69.
Hume, David. (2017). “Um Ensaio Histórico sobre a Cavalaria e a Honra dos Modernos”. Prometeus, 10(23), pp. 153-163.
Hume, David. (1985). Essays Moral, Political and Literary. Indianapolis: Liberty Fund.
Hume, David. (1983). The History of England. Indianapolis: Liberty Fund.
Hume, David. (2000). A Treatise of Human Nature. Oxford: Oxford University Press.
Kames, Henry Home, Lord (2007). Sketches of the History of Man. Indianapolis: Liberty Fund.
Lacoste, Louise Marcil (1976). “The Consistency of Hume's Position Concerning Women”. Dialogue, 15(3), pp. 425-440.
Mandeville, Bernard (2017). A Fábula das Abelhas. São Paulo: UNESP.
Monteiro, João Paulo (2003). “Hume e a Trivial Diferença”. In João Paulo Mon-teiro, Novos Estudos Humeanos, São Paulo: Discurso Editorial, pp.163-182.
O’Brien, Karen (2009). Women and Enlightenment in Eighteenth-Century Britain. Cambridge: Cambridge University Press.
Pimenta, Pedro Paulo (2018). A trama da natureza: organismo e finalidade na época da ilustração. São Paulo: UNESP.
Shaftesbury, Anthony Ashly Cooper, Third Earl of (2003a). “A Letter concerning Enthusiasm”. In Anthony Ashley Cooper, Third Earl of Shaftesbury, Character-isticks of Men, Manners, Opinions, Times. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 4-28.
Shaftesbury, Anthony Ashly Cooper, Third Earl of (2003a). (2003b). “Sensus Communis”. In Anthony Ashley Cooper, Third Earl of Shaftesbury, Characteristicks of Men, Manners, Opinions, Times. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 29-69.
Suzuki, Márcio (2014). A forma e o sentimento do mundo: Jogo, humor e arte de viver na filosofia do século XVIII. São Paulo: Editora 34.
Vasconcelos, Sandra Guardini (2002). Dez Lições sobre o Romance Inglês do Século XVIII. São Paulo: Boitempo.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Marcos Balieiro
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
O trabalho da Discurso foi licenciado com uma Licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International.
Os autores aqui publicados mantém os direitos sobre seus artigos
De acordo com os termos seguintes:
-
Atribuição [BY] — Deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas.
-
NãoComercial [NC] — É proibido o uso deste material para fins comerciais.
-
CompartilhaIgual [SA] — Caso haja remixagem, transformação ou criação a partir do material, é necessário distribuir as suas contribuições sob a mesma licença que o original.