O HOMEM ABSURDO E O SUICÍDIO SACRIFICIAL EM O APOCALIPSE DOS TRABALHADORES
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v7i14p191-203Palavras-chave:
morte sacrificial, absurdo, suicídio, apocalipse dos trabalhadoresResumo
Este artigo pretende analisar como o suicídio possibilita uma profunda tomada de consciência sobre si e o mundo circundante em o apocalipse dos trabalhadores (2013), de Valter Hugo Mãe. Tal perspectiva permitirá analisar o que subjaz ao suicídio dos personagens senhor ferreira e maria da graça e a crítica à exploração, não só do trabalhador, mas do homem em si. A partir da reflexão sobre o mito de Sísifo e sua reverberação no conceito de homem absurdo, de Albert Camus, parte-se para uma interpretação dos detalhes que antecedem os suicídios e suas reverberações na sociedade em que os dois personagens estão inseridos. O artigo estabelece uma relação entre três temáticas importantes – o trabalho, o absurdo e a morte – através da já referida tomada de consciência, que, inevitavelmente, humaniza e, consequentemente, leva a uma morte sacrificial. Em menor intensidade, outros teóricos foram utilizados quando pertinente. São eles: Karl Marx (1996[1867]) e (1848), Michel Foucault (2010[1972]), Georges Minois (1998[1995]) e Mircea Eliade (1998[1995]).
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