AMOR OU DESEJO MIMÉTICO: A NARRATIVA CAMILIANA SOB UMA NOVA PERSPECTIVA
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2175-3180.v2i3p70-81Palavras-chave:
Camilo Castelo Branco, Réné Girard, Desejo MiméticoResumo
Ao falarmos de Camilo Castelo Branco, uma das primeiras imagens que fazemos é a de romancista passional cujas histórias versam, em geral, sobre o amor, um sentimento puro e profundo, idealizado à moda romântica. Tal conceito acerca da ficção camiliana muito se deve em função da essencialidade passional atribuída pela crítica tradicional à obra do escritor de São Miguel de Seide. Entretanto, ao operarmos uma leitura despojada dos correntes estereótipos, notamos a presença indubitável de outros agentes, talvez mais indissociáveis à narrativa camiliana do que aqueles tradicionalmente abordados, tais como o desejo. Vale ressaltar que, no presente estudo, tomamos o desejo segundo a perspectiva de René Girard, em "Mensonge Romantique et Vérité Romannesque". Para Girard, na literatura romanesca sobretudo, o desejo estrutura-se em uma relação triangular, na qual entre o sujeito e o objeto almejado está, sempre, um terceiro elemento, seja ele um modelo adquirido ou um mediador externo. Assim posto, nesta apreciação,buscar-se-á elaborar uma nova perspectiva acerca da narrativa camiliana, um discurso no qual o desejo mimético aflora como mote fulcral. Para tanto, valer-nos-emos de dois romances centrais para a discussão: "Onde está a Felicidade?" e "Um Homem de Brios", ambos de 1856.
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Copyright (c) 2010 Ana Luisa Oliveira
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