Um estrangeiro de mim mesmo: a identidade fragmentada em Berkeley em Bellagio, de João Gilberto Noll
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i17p105-118Palabras clave:
autoficção, identidade contemporânea, escrita de siResumen
A literatura contemporânea vem expondo cada vez mais o “eu”, trazendo à tona a figura externa do autor, que há muito havia sido morta por pesquisadores estruturalistas. Para alguns teóricos, tais textos vão ser denominados “autoficção”. O presente trabalho busca discutir o romance de João Gilberto Noll, Berkeley em Bellagio (2002) a partir das noções acerca desse sujeito fragmentado apresentadas pelo gênero autoficcional. Pesquisadores como Diana Klinger defendem que, ao trazer relatos em primeira pessoa, a autoficção, ao mesmo tempo em que parece atender a demanda de um sujeito narcisista, demonstra o desmoronamento da concepção de um sujeito pleno. Tomando por pressuposto a relação da dicotomia “eu” e “outro”, acredita-se que, para a obra aqui analisada, a única forma de se sentir inteiro é abraçar o outro e renegar uma visão fixa de si mesmo.
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