Sem regras nem freios - Loucura e criação na discussão romântica em torno do gênio
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i13p3-11Palavras-chave:
Genialidade, Loucura, Romantismo, Victor Hugo.Resumo
A relação entre genialidade e loucura, tópos bastante antigo, parece ganhar contornos peculiares no pensamento romântico. Inspirado, ultrassensível, isolado e visionário, o gênio romântico transita com certa frequência no campo semântico da loucura. Entre oráculo, profeta e louco, ele se caracteriza pela sua capacidade de transgredir o estado atual das coisas e criar um novo mundo de possibilidades e experiências. Nesse sentido, exploraremos no presente artigo alguns aspectos dessa relação entre o gênio e o louco no contexto do debate romântico francês do início do século XIX e no livro William Shakespeare, de Victor Hugo.
Downloads
Referências
BALZAC, H. Illusions perdues. Paris: Pocket, 2008 [1a ed. 1837-1843].
BÉNICHOU, P. Romantismes Français I et II. Paris: Gallimard, 2004, 2 v. [1a ed. 1973-1992].
BRISSETTE, P. “Poète malheureux, poète maudit, malédiction littéraire”. COnTEXTES [online], Varia, 2008. Disponível em: <http://contextes.revues.org/1392#ftn46>. Acesso em: 10 jul. 2014.
BROMBERT, V. “Hugo’s ‘William Shakespeare’: The Promontory and the Infinite”. The Hudson Review, New York, v. 34, n. 2, p. 249-257, 1981.
CURTIUS, E. R. “A Loucura Divina dos Poetas”. In: Literatura Europeia e Idade Média Latina. São Paulo: Edusp, 2013 [1a ed. 1957].
DIAZ, J.-L. “Paratopies romantiques”. COnTEXTES [online], n. 13, 2013. Disponível em: <http://contextes.revues.org/5786>. Acesso em: 10 jul. 2014.
HUGO, V. William Shakespeare. Paris: Librairie Internationale, 1864.
________. Hernani. Paris: Librio, 2006 [1a ed. 1830].
JASENAS, E. “La Cohérence d’un texte: ‘William Shakespeare’ de Victor Hugo”. Nineteenth-Century French Studies, Lincoln, v. 20, n. 1/2, p. 85-96, out.-inv. 1991-1992.
LOMBROSO, C. L’Homme de génie. Paris: F. Alcan, 1889 [1a ed. 1864].
MILLET, C. Le Romantisme. Paris: Le Livre de Poche, 2007.
MILNER, M. “Présentation”. Romantisme, Paris, n. 24, p. 3-5, 1979.
RIFFATERRE, M. “La vision hallucinatoire chez Victor Hugo”. MLN, Paris, v. 78, n. 3, p. 225-241, 1963.
RIGOLI, J. Lire le délire. Paris: Fayard, 2001.
TELLIER, V. “Le Discours du fou dans le récit romantique européen”, 2007. Disponível em : <http://vox-poetica.com/sflgc/actes/JE2011/tellier.html>. Acesso em: 10 jul. 2014.
VIGNEST, R. “Le mage et l’histoire: poésie et rédemption dans William Shakespeare de Victor Hugo”. Littérature, Paris, n. 126, p. 18-39, 2002.
Periódicos do século XIX:
Le Conservateur. Paris, Vol. VI, 1820. Disponível em:
<http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/cb32747421f/date.r=Le+conservateur>. Acesso em: 10 jul. 2014.
Le Constitutionnel. Disponível em: <http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/cb32747578p/date>. Acesso em: 10 jul. 2014.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).