Roland Barthes: a crítica como uma resposta ativa e o "método do jogo"
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i35p350-369Palavras-chave:
Barthes, diário, luto, ensaio, jogo, paradoxoResumo
Este artigo é uma reescrita de uma das aulas do curso "Roland Barthes y la escritura del duelo", no âmbito de uma leitura do Journal de deuil (1977-1979) do crítico francês, prestando atenção aos impulsos diarísticos que reconfiguram, no registro, as aflições e as experiências do autor. Nestas, há uma insistência que é reconhecida nas últimas obras de Barthes, aquelas em que ocorre uma notável virada autobiográfica: a necessidade de responder de forma ativa à afirmação da linguagem literária sobrevive - e sobrevém. Essa disposição é, na lógica barthesiana, um desvio da força esmagadora exercida pela crítica como instituição, cujas operações tendem a generalizar e totalizar. O método dessa resposta ativa é o "método do jogo", um paradoxo: resgatar, por meio de experimentação formal, os gestos irreduzíveis e irreverentes do não produtivo, do aleatório, daquilo que coloca em jogo o corpo do ensaísta crítico. Este último diz respeito, em particular, à forma deste artigo. Aqui, a entrada no Journal não se esgota no progresso expositivo da aula, mas sim uma busca ensaística está por trás dela. A leitura adquire, assim, no curso, a modalidade de um excurso, do que está nas bordas, do que está fora.
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