Quando a justiça ganha (d)a (autoficção)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.v0i17p146-166Palavras-chave:
autoficção, escrita de si, paratextos, romance contemporâneoResumo
Analisa-se a relação entre processos judiciais e romances autoficcionais: como a justiça se coloca como tema e como parte integrante da produção e recepção dessas obras. Decisões judiciais vão de encontro ao postulado ensejado por autores como Christine Angot e Ricardo Lísias: o direito inalienável da literatura em pilhar a realidade sem mascarar tal processo. Lísias vai mesmo além: não só faz da Justiça tema como como parte do efeito desta sobre a obra para transformá-lo em romance, tornando indissociável a vida que vira ficção da ficção que age na vida.
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