NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS EM YIDDISH: MULHERES ESCRITORAS, SUAS ESCRITAS E SUAS HISTÓRIAS
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-8051.cllh.2024.221613Palavras-chave:
Mulheres, Yiddish, Escritas autobiográficasResumo
Apresentado no I Congresso Internacional de Estudos Judaicos da Universidade de São Paulo.
Este trabalho resulta de uma pesquisa que traduziu e analisou 23 contos escritos por 17 escritoras que revelam histórias de jovens judias que sofriam discriminação por serem mulheres, por serem escritoras e por escreverem em Yiddish, língua quase extinta no século XX, hoje foco de movimentos de resistência. Descobertos em pesquisas de grupos feministas nos Estados Unidos, os contos são valorizados por sua qualidade literária e por mostrarem contextos diversos e adversos de mulheres que imigraram do Leste Europeu para a América, Israel e outros países da Europa. O texto está organizado em três itens. O primeiro traça um breve panorama da língua Yiddish e das narrativas, sua natureza autobiográfica, contextos de produção, fundamentos da pesquisa, e critérios de seleção. Em seguida, o foco está colocado nos contos. Deles emergem lutas, perdas de lugares, de pessoas e sonhos, o sofrimento relatado ora com amargura, ora raiva, ora com ironia. Os contos mostram na língua quase perdida formas diversas de expressar desejos, sonhos, constrição, superação. As escritoras falam de migração e deslocamento por continentes, países, cidades, culturas que as colocam em situação de vulnerabilidade pelo que viram, viveram e quiseram, e não lhes foi permitido ou não conseguiram conquistar, bem como das mudanças que lhes foram exigidas para viver. No terceiro momento, são mostrados dois contos de duas autoras pesquisadas. A pesquisa teve apoio do instituto de estudos da universidade em que foi realizada.
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